Troca de prisioneiros fins de dezembro no conflito do leste na Ucrânia
Da cimeira de Paris de ontem entre os presidentes da Ucrânia e da Rússia saiu um acordo de que vai haver ainda este mês uma troca de todos os prisioneiros no quadro do conflito do leste ucraniano. Também Putin e Zelenski mostraram-se empenhados em implementar o cessar fogo concluído em 2015.
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Os presidentes russo, Putin e ucraniano, Zelenski, chegaram ontem a um acordo em Paris sobre a troca de todos os prisioneiros até ao fim deste mês no quadro do conflito no leste da Ucrânia.
Os dois presidentes mostraram-se igualmente abertos à implementação do cessar fogo concluído no quadro dos acordos de 2014 em Minsk.
O presidente francês, Macron, que com a chancelar alemã, Merkel, apadrinharam esta cimeira de Paris, declarou, durante uma conferência a 4 que "progressos foram feitos para a troca de prisioneiros, clarificação do cessar fogo e uma agenda sobre as evoluções políticas dos próximos meses".
Mas nada de concreto sobre o número exacto dos prisioneiros nem como essa troca vai ser feita e tão pouco o local.
De notar que não ficou resolvido estatuto de Donbass e eleições locais nem o controlo da fronteira entre essa região do leste ucraniano e a Rússia.
O presidente ucraniano, Zelenski, declarou pelo contrário ter chegado a acordo com o seu homólogo Putin sobre a continuidade do trânsito de gás natural russo pelo território ucraniano.
Numerosos ucranianos não vêem com bons olhos um compromisso com a Rússia vista como a agressora 5 anos depois da anexação da península ucraniana de Crimeia por Moscovo, que é tida como ilegal pela comunidade internacional.
Mas o presidente russo, Putin, mostrou-se firme na sua posição de que nada muda sobre a Crimeia e que há que cumprir o que está nos acordos de Minsk, negociados em 2014 e finalizados em 2015.
Troca de prisioneiros fins de dezembro entre Moscovo e Kiev
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