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Austrália

Fogo-de-artifício mantido em Sydney apesar de incêndios mortíferos

A Austrália continua a enfrentar nesta segunda-feira uma situação caótica em torno dos incêndios no país. Apesar dos acontecimentos dramáticos, a polémica estalou em Sydney, visto que a cidade decidiu manter o fogo-de-artifício de fim de ano.

Incêndios continuam a fazer estragos na Austrália.
Incêndios continuam a fazer estragos na Austrália. PETER PARKS / AFP
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A Austrália registou nesta segunda-feira temperaturas acima de 40 graus, e os incêndios continuam a avançar por todo o território.

Estas situações levaram 100 mil pessoas a deixarem as suas casas em cinco subúrbios de Melbourne, a segunda maior cidade australiana, no Estado de Victoria, por causa dos incêndios.

Um bombeiro voluntário morreu e dois outros sofreram queimaduras quando o camião em que seguiam para combater um incêndio no Estado de Nova Gales do Sul capotou, ao ser atingido pelos ventos de velocidades extremas que favorecem a progressão dos incêndios florestais.

Estes bombeiros integram o Serviço Rural de Bombeiros de Nova Gales do Sul. São cerca de 70 mil, altamente treinados e, com a excepção de algumas chefias, não recebem salários, diz a BBC.

É o terceiro bombeiro a falecer durante os incêndios.

Apesar destes acontecimentos o fogo-de-artifício mantém-se em Sydney, ao contrário de outras cidades, e isto apesar de uma petição ter juntado mais de 270 mil assinaturas.

A presidente da Câmara de Sydney, Clover Moore, disse que cancelar o espectáculo de fogo-de-artifício teria poucos efeitos práticos e acabaria por afastar turistas, penalizando a cidade. Este espectáculo é visto por mil milhões de pessoas em todo o mundo e o Serviço Rural de Bombeiros acabou por dar luz verde às comemorações.

Os incêndios na Austrália arrasaram mais de quatro milhões de hectares em cinco Estados, e milhões de animais da fauna endémica australiana morreram ou estão a sofrer severamente com as chamas.

Números oficiais citados pela Agência Reuters indicam que 30% da colónia de coalas na costa Nordeste, entre 4500 e 8400, podem ter morrido nos incêndios.

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