Paris solidário com Washington
O Presidente francês, Emmanuel Macron, manteve uma conversa telefónica este domingo com o homólogo norte-americano sobre as tensões no Médio Oriente. Paris afirmou estar "solidário" com Washington. Este fim-de-semana, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeu repreendeu os parceiros europeus pela falta de apoio aos Estados Unidos.
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Paris anunciou, com algum incómodo, apoiar os Estados Unidos da América. Ao decidir eliminar o general iraniano Qassem Soleimani, Donald Trump fez uma escolha perigosa. O seguimento dos acontecimentos não prevêm nada de bom.
O inquilino da Casa Branca, não ouviu ninguém. Desde a sua eleição tem ampliado as tensões com o Irão. Em Maio de 2018, Donald Trump anunciava a retirada dos Estados Unidos do acordo de Viena de 2015 quando ao nuclear e restabelecia as sanções económicas contra o Irão. Os norte-americanos voltam-se hoje para os seus aliados tradicionais. Esperam dos parceiros europeus, entre os quais a França, um apoio infalível.
As relações entre Paris e Washington são fortes, apesar da posição delicada do Eliseu, dividida pela necessidade de apoiar o aliado histórico americano e contrariado por Trump que "brinca ao aprendiz feiticeiro", com consequências que podem ser caóticas. O Presidente francês tinha tomado a iniciativa de convidar o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif que tinha sido recebido por Emmanuel Macron e Jean-Yves Le Drian durante a última cimeira G7, em Biarritz em Agosto de 2019.
Em Novembro o tom tinha mudado. Lançando um apelo para aliviar as sanções, Emmanuel Macron qualificou "uma mudança profunda" quanto às novas disposições iranianas sobre o acordo. O Irão tinha anunciado voltar a lançar a actividade de enriquecimento de urânio. Além disso, dois investigadores, Roland Marchal e a franco-iraniana Fariba Adelkhah encontram-se detidos no Irão.
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