Acesso ao principal conteúdo
Ambiente

Lisboa Capital Verde Europeia 2020

Lisboa é, este ano, a Capital Verde Europeia. Na cerimónia de abertura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que este ano é para “dar provas” que se quer “acabar com a guerra que a humanidade tem lançado contra a natureza que é uma guerra suicida”.

António Guterres, secretário-geral da ONU. Lisboa, 11 de Janeiro de 2020.
António Guterres, secretário-geral da ONU. Lisboa, 11 de Janeiro de 2020. António Pedro Santos/LUSA
Publicidade

A programação deste ano para Lisboa-Capital Verde Europeia inclui a plantação de 20 mil árvores, exposições e conferências.

Este sábado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou que a distinção de Lisboa Capital Verde Europeia 2020 tem um significado “extremamente importante” num mundo em que faz falta “a vontade política dos grandes emissores” de matérias poluentes.

Esse significado é particularmente importante porque é este ano, em 2020, que nós temos de dar provas que queremos acabar com a guerra que a humanidade tem lançado contra a natureza. E esta guerra que a humanidade tem lançado contra a natureza é uma guerra suicida”, afirmou António Guterres, no Pavilhão Carlos Lopes, onde decorreram as cerimónias do arranque de Lisboa Capital Verde Europeia 2020.

Guterres disse que há três batalhas que estão a ser perdidas: biodiversidade, preservação dos oceanos e inversão das alterações climáticas. O secretário-geral da ONU sublinhou que há uma mobilização “em todo o mundo” que é “particularmente esperançosa”, mas alertou que “continua a haver governos que dificultam a acção das cidades e a acção das regiões no sentido de conseguirem uma economia verde”.

Se alguma coisa hoje faz falta no mundo é vontade política, a vontade política dos grandes emissores, dos grandes países que poluem o planeta em termos de emissões de efeito de estufa”, sublinhou o secretário-geral das Nações Unidas, num áudio registado pela agência Lusa.

00:54

António Guterres, Secretário-Geral da ONU

António Guterres disse, ainda, que é “indispensável” que se deixem de construir centrais a carvão, que deixe de haver subsídios aos combustíveis fósseis e que “se ponha um imposto sobre o carbono”.

O arranque de Lisboa Capital Verde contou, também, com as presenças do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Entre as iniciativas da programação, estão a exposição “O mar como nunca o sentiu”, da artista portuguesa Maya, que pode ser no Oceanário de Lisboa, no Parque das Nações.

Este domingo, são plantadas um total de 20.000 árvores em diferentes bairros da cidade. O objectivo é ter mais 100 mil árvores na cidade até 2021, em relação às 800 mil existentes actualmente.

Ao assumir-se como capital verde, Lisboa assume compromissos como ser uma cidade europeia de referência ao nível da mobilidade em 2030 e atingir a neutralidade carbónica até 2050.

A autarquia quer atingir até então metas como a redução das viagens em automóvel de 57% para 33%, a diminuição de 60% das emissões de dióxido de carbono e a obtenção de uma potência fotovoltaica instalada de 100 megawatts.

Lisboa está também a criar um sistema para rega e lavagem das ruas com água reutilizada e a planear que, até ao final do próximo ano, mais de 90% dos moradores tenham a menos de 300 metros de casa um espaço verde com pelo menos dois mil metros quadrados.

Em Abril, está prevista a inauguração do Museu da Reciclagem (ReMuseu) e a realização da conferência “Urban Future Global Conference”.

O programa está disponível em lisboagreencapital2020.com.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.