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Israel

Comemorações em Jerusalém dos 75 anos do genocídio judeu

O Presidente francês, Emmanuel Macron, discursou hoje em Jerusalém durante as comemorações dos 75 anos da libertação do campo de Auschwitz, que simbolizou o genocídio judeu, pondo a tónica na história, na justiça e na memória.  O primeiro ministro israelita, Benjamim Netanyahou, denunciou por seu lado o holocausto apelando todos a um esforço vital face ao Irão.

Presidente francês, Macron e primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu nos 75 anos após genocídio judeu
Presidente francês, Macron e primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu nos 75 anos após genocídio judeu REUTERS/Ronen Zvulun/Pool
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O Memorial Yad Vachem, em Jerusalém, recebeu hoje as comemorações dos 75 anos da libertação do campo nazi de Auschwitz, símbolo do genocídio judeu.

Cerca de 40 chefes de Estado, de governo e dirigentes internacionais, entre eles o primeiro ministro de Israel, Benjamim Netanyahou e o Presidente francês, Emmanuel Macron.

O anfitrião Benjamim Netanyahou, apelou "todos os governos a juntar-se ao esforço vital face ao Irão", na abertura das comemorações. "Não pode haver outro holocausto", sublinhou, o primeiro ministro israelita.

Para Netanyahu, a ameaça nazi do passado tem hoje outro nome, o do Irão, pois a República islâmica ameaça com o seu programa nuclear e balístico a própria existência do Estado hebreu.

Por seu lado, o Presidente russo, Vladimir Poutin, tirou proveito da sua passagem pela Terra santa para inaugurar a sede de Leninegrado e a Shoa dois "acontecimentos que não podem ser comparados com nada".

Putine, sublinhou que a "divisão face às ameaças" pode ter "consequências terríveis. 

Também o vice-Presidente americano, Mike Pence presente nas comemorações declarou que "devemos estar preparados para enfrentar a vaga de antisemitismo e permanecer firmes face ao primeiro Estado alimentar do antisemitismo", antes de nomar "a República islâmica do Irão". 

Enfim, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que "negação da existência de Israel como Estado" é uma "forma contemporânea de antisemistismo", advertindo no entanto contra uma instrumentalização do holocausto. 

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Emmanuel Macron, Presidente francês sobre os 75 anos do genocídio judeu em Jerusalém

"Houve lugares de memória. Em França e tantos dos nossos países. Todos voltam os olhos para esse lugar, Jerusalém.

"Houve memórias e histórias e havia um nome, Yad Vashem. Aqui estão conservados os marcos do mártir e do heroísmo. Memória do Mal radical e deste espírito de resistência.

"É por isso mesmo que o holocausto não pode ser uma história que se pode manipular ou utilizar ou revisitar. Não! Há justiça; há história com suas provas e há a vida das nossas nações. Não as confundamos para não corrermos o risco de voltar a cair na desgraça.

"Ninguem tem o direito de convocar os seus mortos para justificar divisões ou ódios contemporâneos pois todos aqueles que tombaram nos obrigam à verdade, à memória, ao diálogo, à amizade."

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