Irão liberta investigador francês
O investigador francês Roland Marchal foi libertado pelas autoridades iranianas depois de nove meses e meio de prisão no país do Médio-oriente. A notícia da sua libertação foi divulgada num breve comunicado do governo francês. Marchal tinha sido detido simultâneamente com a sua companheira Fariba Adelkhah, investigadora francesa de origem iraniana. As autoridades francesas exortaram as suas homólogas iranianas a libertar igualmente Fariba Adelkhah.
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Segundo as autoridades de Teerão, Roland Marchal,que tinha sido acusado, de atentar contra a segurança do Estado iraniano, foi libertado em troca de um engenheiro iraniano detido em França e ameaçado de extradição para os Estados Unidos.
O governo francês pediu igualmente que Fariba Adelkhah, companheira de Marchal e investigadora francesa, de origem iraniana, ainda presa no Irão fosse libertada.
Ambos investigadores do CERI (Centro de Investigação Internacional) em ciências políticas de Paris, foram presos em 5 de Junho de 2019, no aeroporto de Teerão, acusados pelas autoridades iranianas de conspiração a fim de atentar contra a segurança nacional, crime passível de dois a cinco anos de prisão.
Fariba Adelkhah é também processada por propaganda contra o sistema.Em contrapartida a acusação de espionagem, que implica a pena de morte, foi-lhe retirada no mês de Janeiro.
A libertação de Roland Marchal,anunciada na sexta-feira, coincide com o primeiro dia do Ano Novo persa.
O governo de Teerão afirmou que Marchal foi libertado numa troca de prisioneiros, que envolveu o engenheiro iraniano, Jalal Rohollahnejad, detido em França. Este último estava ameaçado de extradição para os Estados Unidos.
No seu comunicado, o governo francês não fez alusão à citada troca de prisioneiros.
Roland Marchal de 64 anos, regressou a Paris no sábado, enquanto Rohollahnejad, de acordo com imagens da televisão iraniana foi acolhido por familiares,sexta-feira, no aeroporto de Teerão.
De acordo com o comité de apoio à libertação, de Roland Marchal e Fariba Adelkhah, em Paris, Marchal esteve preso em condições extremamente duras que afectaram a sua saúde física e mental.
O referido comité, do qual faz parte, nomeadamente, Jean-François Bayart do Instituto de Altos Estudos Internacionais e do Desenvolvimento, de Genebra, manifestou também a sua preocupação no que toca ao estado de saúde de Fariba Adelkhak.
Outros prisioneiros emblemáticos foram libertados, pelas autoridades iranianas, por ocasião do Ano Novo persa.
Irão liberta investigador francês 21 03 2020
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