China organiza recolhimento em memória de vítimas de Covid-19
A China, cujas autoridades encaram a possibilidade de um retorno à normalidade a partir do mês de Maio, organiza neste sábado um recolhimento em memória dos milhares pessoas mortas pela epidemia do novo coronavírus.
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O recolhimento de três minutos em memória dos mortos da pandemia de Covid-19, cujo primeiro epicentro foi a cidade de Wuhan, será organizado em todo o país às 10 horas locais (02h00 GMT) e simultaneamente sirenes e buzinas de viaturas, comboios e barcos soarão em homenagem às vítimas.
Segundo um comunicado do governo de Pequim, a bandeira nacional chinesa vai ser içada a meia haste na totalidade do território da China, bem como nas embaixadas e consulados no estrangeiro.
O país de 1,4 mil milhões de habitantes decidiu igualmente suspender todas as actividades públicas de entretenimento e lazer à escala nacional.
A cerimónia será dedicada também, especialmente, a memória de 14 pessoas qualificadas pelo governo da China de mártires da epidemia, nomeadamente o doutor Li Wenliang, falecido do Covid-19.
O oftalmologista de 34 anos tinha sido acusado pela polícia de espalhar rumores, depois de alertar os seus colegas sobre a propagação de um vírus semelhante ao Sras.
A morte de Wenliang tinha provocado um clamor no seio da população e uma revolta contra o poder, de uma dimensão nunca registada até a data.
Desde que a epidemia de Covid-19 foi declarada em Dezembro de 2019 na província de Hubei, no centro do país, 81.000 pessoas foram oficialmente contaminadas e 3.322 morreram na China.
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