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Desporto

Autocarro do Benfica foi atacado após jogo frente ao Tondela

O autocarro do Benfica foi apedrejado quando regressou ao Seixal, cidade perto da capital portuguesa, onde os encarnados têm o centro de treinos. Dois jogadores foram para o hospital: o alemão Julian Weigl e o sérvio Zivkovic.

O Estádio da Luz, onde o Benfica jogou à porta fechada frente ao Tondela (0-0), antes do autocarro ser atacado.
O Estádio da Luz, onde o Benfica jogou à porta fechada frente ao Tondela (0-0), antes do autocarro ser atacado. © LUSA - TIAGO PETINGA/POOL
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A retoma do futebol português deveria ser uma festa, no entanto já houve surpresas dentro das quatro linhas e já houve incidentes fora delas.

Na quinta-feira 4 de Junho à noite, o Benfica empatou no Estádio da Luz, em Lisboa, sem golos frente ao Tondela. Um empate que permite aos encarnados igualarem o FC Porto na liderança da prova com 60 pontos, no entanto falhou o assalto ao primeiro lugar e a liderança isolada.

No regresso ao Seixal, centro de treinos do Benfica, cidade perto de Lisboa, o autocarro foi alvo de um «criminoso apedrejamento», assim nomeado pelos encarnados em comunicado, acrescentando que foi na «saída da A2, quando se dirigia para o centro de estágios do Seixal».

O porta-voz da Direcção Nacional da PSP, o intendente Nuno Carocha, confirmou aos meios de comunicação que «uma pedrada atingiu o autocarro» do Benfica.

Para Manuel dos Santos, Presidente da Casa do Benfica em Paris, este tipo de comportamentos é inadmissível no futebol.

 

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Manuel dos Santos, Presidente da Casa do Benfica em Paris

 

Dois jogadores foram atingidos como referem os encarnados no seu site internet: «por uma questão de precaução, os jogadores Julian Weigl e Zivkovic, de imediato, foram levados ao Hospital da Luz [em Lisboa] para serem observados, na sequência dos estilhaços que os atingiram». Segundo os dados recolhidos o sérvio Andrija Zivkovic tinha estilhaços na vista, o que levou a uma maior atenção médical.

Os dois jogadores já tiveram alta e ambos partilharam uma foto juntos na rede social Instagram. O alemão Julian Weigl assegurou que estava bem: «Quero que saibam que estou bem. Tivemos muita sorte. Todos cometemos erros, mas uma linha foi ultrapassada. Atirar pedras a um autocarro sem se preocuparem se alguém fica ferido?». Recorde-se que o atleta germânico esteve presente, em abril de 2017, no autocarro do Borussia Dortmund que foi atacado à bomba, antes de um jogo da Liga dos Campeões.

O sérvio Andrija Zivkovic, com um penso a tapar um dos olhos, mostrou-se triste com o comportamento dos agressores: «Não podemos justificar este comportamento, mas asseguramos que continuaremos a lutar pelo Benfica e a dar tudo».

Casas de jogadores e treinador do Benfica vandalizadas

As casas de alguns futebolistas e do treinador do Benfica foram grafitadas com ameaças durante a noite de quinta para sexta-feira. Segundo informações dos meios de comunicação portugueses, os jogadores Rafa e Pizzi, bem como o treinador Bruno Lage, apresentaram queixa na polícia por vandalismo contra desconhecidos.

O ataque foi repudiado pela Liga Portuguesa de futebol, afirmando que foi um «ataque cobarde» contra o plantel do Benfica.

A retoma da Liga Portuguesa está a gerar entusiasmo, mas estes incidentes vieram lembrar episódios recentes, menos gloriosos para o futebol português, como os insultos racistas de que foi alvo o avançado maliano do FC Porto, Moussa Marega.

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