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Eleições americanas 2020

Apoiantes de Donald Trump invadiram Capitólio

Pela primeira vez na história dos Estado Unidos da América (EUA), a cerimónia de certificação dos votos do Colégio Eleitoral foi interrompida, por apoiantes do Presidente cessante Donald Trump.

Apoiantes de Donald Trump invadiram Capitólio
Apoiantes de Donald Trump invadiram Capitólio Saul LOEB AFP/File
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Os apoiantes de Donald Trump invadiram o Congresso dos Estados Unidos esta quarta-feira, 6 de Janeiro, durante a sessão de certificação da vitória de Joe Biden, respondendo a apelos para sabotarem a transição de poder no país.

A cerimónia teve de ser interrompida, no primeiro ataque contra o Congresso dos EUA desde 1814, causando caos e acusações de uma tentativa de "golpe" depois de um apelo de última hora do presidente cessante para reverter a derrota eleitoral.

Uma multidão enfurecida entrou no Capitólio e forçou a suspensão dos debates  depois de os senadores e os membros da Câmara dos Representantes se terem separado para discutirem e votarem uma contestação aos votos do estado do Arizona na candidatura de Joe Biden, na eleição presidencial de 3 de Novembro.

A invasão de partidários de Donald Trump aconteceu depois de um comício extraordinário do republicano em frente à Casa Branca, no qual o Presidente cessante pediu aos seus seguidores que impedissem a certificação de Joe Biden. "Nunca vamos desistir. Nunca vamos conceder a vitória", garantiu.

Mulher atingida a tiro durante a invasão morreu

Foi registada uma vítima mortal; a mulher que ficou em estado grave depois de ter sido baleada pela polícia durante a invasão ao Capitólio morreu, avançou a NBC News, que confirmou o óbito junto das autoridades norte-americanas.

As autoridades registam ainda a detenção de 13 manifestantes e sublinharam que nenhum deles é morador de Washington DC. O balanço provisório dá conta ainda da apreensão de cinco armas.

"A nossa democracia está sob um ataque sem precedentes"

Presidente eleito Joe Biden condena a invasão ao Capitólio e pediu ao Presidente cessante que peça o "fim do cerco".

"Peço ao presidente Trump que vá à televisão nacional agora, para cumprir o seu juramento, defender a Constituição e exigir o fim deste cerco", afimou Joe Biden.

Numa comunicação ao país, o democrata, que toma posse a 20 de Janeiro, declarou não se tratar de "um protesto, mas de é uma insurreição. O mundo está a assistir. Este momento não representa a América, mas um pequeno grupo de extremistas".

Democratas conquistam o Senado

O partido democrata conquistou os dois lugares do Senado que estavam em disputa no Estado da Geórgia. Com esta vitória, os democratas consolidam o comando de todos os órgãos de poder nos EUA a nível federal. Em Novembro já tinham conseguido alcançar o controlo da Câmara dos Representantes e ganharam a Casa Branca.

A decisão foi anunciada no dia em que o Congresso dos Estados Unidos ia confirmar a eleição de Joe Biden. Um acto interrompido pela invasão do Capitólio por milhares de manifestantes pró-Trump que se tinham reunido no exterior ao princípio da tarde para protestar contra o que afirmam ter sido uma eleição roubada.

“É assim que os resultados eleitorais são disputados em repúblicas de bananas"

George W. Bush, antigo Presidente dos Estados Unidos da América eleito pelo Partido Republicano, já reagiu à “insurreição” no Capitólio nos Estados Unidos da América, que considerou “repugnante e desoladora”.

Através de uma declaração publicada na conta oficial no Twitter, o antigo Presidente apontou: “É assim que os resultados eleitorais são disputados em repúblicas de bananas — não na nossa república democrática”.

Twitter suspende conta de Trump no Twitter durante 12 horas

A conta oficial no Twitter do Presidente cessante foi suspensa pelos responsáveis da rede social por um período de 12 horas. Donald Trump foi avisado que a conta pode ser retirada em definitivo da rede social, avançou o jornal Washington Post.

O Facebook informou ter retirado um vídeo publicado na rede social pelo Presidente Donald Trump, por incitar à violência dos seus apoiantes, que invadiram o Capitólio. "Esta é uma situação de emergência e estamos a tomar medidas de emergência apropriadas; inclusive ao eliminar um vídeo do Presidente Trump", informou o vice-presidente do Facebook Guy Rosen num tweet.

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