Presidente americano apela a que condenação de Chauvin não seja o fim
Dentro de 8 semanas o polícia americano Derek Chauvin deve ficar a conhecer a duração da pena de prisão que vai cumprir após ter sido condenado pela justiça nesta terça-feira no caso da morte de George Floyd, asfixiado num controlo policial. O presidente, Joe Biden, comentou o facto de o tribunal ter declarado Chauvin culpado da morte do afro-americano que se tornou num símbolo à escala planetária.
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"Esta sentença pode ser um passo em frente rumo à justiça na América.
Ninguém deve estar acima da lei.
Esta sentença envia essa mensagem, mas não chega. !
Não podemos parar por aqui, não podemos desviar agora o nosso olhar e pensar que a missão foi cumprida.
Temos de ouvir "Não consigo respirar, não consigo respirar !
Essas foram as últimas palavras de George Floyd, não podemos deixar morrer essas palavras com ele. Temos de as continuar a ouvir.
Não devemos nem podemos desviar a nossa atenção.
Temos a oportunidade de começar uma mudança estrutural neste país !"
Joe Biden, presidente americano, 21/4/2021
Estas foram as declarações do presidente norte-americano que telefonou à família do afro-americano George Floyd que acabou por morrer no ano passado aquando de um controlo de polícia.
Na altura ele queixara-se de estar a ser asfixiado, acabando por morrer.
O julgamento durou três semanas, sob forte tensão, em Minneapolis e o polícia branco Derek Chavin, que tinha sensivelmente a mesma idade que a vítima, acabou por ser condenado dos 3 crimes de que era acusado.
Chauvin acabou por deixar o tribunal algemado, a pena poderia ser de 12 anos e meio de cadeia. Todavia se forem registadas circunstâncias agravantes a pena poderia ser muito superior.
Floyd tornou-se num símbolo da denúncia da violência da polícia americana visando a comunidade negra.
A sua defesa alegou que a forte corpulência da vítima estava na origem da forma como decorreu a detenção com quatro polícias a tentarem controlá-lo.
Os demais três polícias ainda devem ser julgados por cumplicidade na morte de George Floyd.
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