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Portugal/Madeira

Portugal: Madeira atrai nómadas digitais em tempos de teletrabalho

"Digital nomads" ou nómadas digitais, é um projecto que, em tempos de pandemia, e novos hábitos de trabalho à distância, tem atraído até à Ponta do Sol, no oeste da ilha da Madeira, pessoas de várias partes do mundo que, num território de clima ameno e a escassas horas dos grandes centros, lhes garante um acesso à internet para trabalhar e disfrutar desta ilha portuguesa.

A vila da Ponta do Sol, na costa oeste da ilha portuguesa da Madeira, acolhe nómadas digitais de múltiplas proveniências.
A vila da Ponta do Sol, na costa oeste da ilha portuguesa da Madeira, acolhe nómadas digitais de múltiplas proveniências. © Startup Madeira
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Em tempos de pandemia de Covid-19, a partir do momento em que se dispõe de uma boa rede de acesso à Internet, o trabalho à distância tem estado a ganhar terreno.

As autoridades da Região autónoma da Madeira, em colaboração com a Startup Madeira, desenvolveram um plano piloto desde Novembro do ano passado, efectivado em Fevereiro, e que se alarga até Junho, para atrair nómadas digitais até à Ponta do Sol, uma das localidades mais quentes da ilha, reputada pelo seu clima ameno.

No Centro cultural John dos Passos (conceituado escritor americano de ascendência local) os nómadas digitais têm acesso garantido à internet e a logística necessária para o efeito.

Paralelamente podem ter, mesmo, acesso a actividades como caminhadas pelas levadas, canais tradicionais de irrigação, um dos trunfos turísticos deste território português, a uma hora e meia de avião de Lisboa.

A Madeira tem aligeirado as suas medidas de restrição ligadas à Covid-19, com apenas um recolher obrigatório nocturno, e registou 71 óbitos da doença com registo de 262 casos activos, incluindo 9 nas últimas 24 horas, 1/3 da sua população já foi vacinada contra o novo coronavírus.

Indicadores que vêm corroborar o apetite pela "Pérola do Atlântico" aos quais se aliam a riqueza da gastronomia local e um tarifário acessível para parâmetros europeus, e uma natureza preservada entre o mar e a montanha.

O programa teve um incremento tal que a ideia é desenvolvê-lo noutras áreas do arquipélago, Madeira e Porto Santo.

Carlos Lopes é o presidente da Startup Madeira que, com o patrocínio do governo regional, está por detrás do conceito Digital Nomads.

"Este foi um projecto piloto para nós testarmos a ideia, testarmos o conceito, percebermos o que os nómadas digitais que querem vir para a Madeira o que é que procuram. Mas o nosso objectivo não era ficar por aqui, ou seja, serve para testarmos, conhecermos, criarmos, envolvermos a comunidade e o nosso objectivo é darmos continuidade a este projecto.

Utilizamos o Centro cultural John dos Passos e a Ponta do Sol como uma vila que poderia acolher os nómadas digitais, criar a comunidade, mas o objectivo é espalhar pela Madeira e pelo Porto Santo esta iniciativa."

"Quem nos procura, procura boas condições de trabalho, acesso digital, mas também uma envolvente que passa pela sustentabilidade da natureza, o contacto com os locais, mas também a possibilidade de trabalhar de qualquer lado com boas condições. Além disso a Madeira é um destino turístico muito conhecido e per si já tem condições para receber bem uma quantidade de nómadas que querem estar na Madeira durante dois a três meses", explica o dirigente da Startup Madeira, uma incubadora de empresas.

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Carlos Soares Lopes, presidente da Startup Madeira

Um projecto que foi, em grande escala, apoiado pelo nómada digital lisboeta Gonçalo Hall que sempre enfatizou os trunfos da Madeira que, como realça, Carlos Lopes "tem uma posição geográfica fantástica, está a quatro horas dos Estados Unidos, a uma hora da Europa central, é o mesmo fuso horário que a Inglaterra, ou seja uma posição fantástica para que muitos que querem trabalhar de forma remota escolham a Madeira, mas também pelas suas características, ou seja o clima, a natureza, o mar, a montanha em que, depois ao fim de semana ou ao final da tarde, as pessoas podem usufruir."

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