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Reino Unido/ Terrorismo

Segundo polícia morte de deputado britânico tem indícios de acto terrorista

Inicialmente tido como um incidente levado a cabo por um tresloucado, o assassínio do  deputado britânico conservador, David Amess, foi classificado, sábado, pelas autoridades policiais como sendo um acto terrorista. Segundo a Met (Polícia Metropolitana) de Londres, os primeiros elementos da investigação apontam para uma motivação ligada ao extremismo islâmico.    

O  deputado  conservador  britânico, David Amess, de  69 anos  de idade, foi esfaqueado à morte no dia 15 de Outubro  de 2021 em Leigh-on-Sea, por um jovem indivíduo que teria ligações com o extremismo islâmico.
O deputado conservador britânico, David Amess, de 69 anos de idade, foi esfaqueado à morte no dia 15 de Outubro de 2021 em Leigh-on-Sea, por um jovem indivíduo que teria ligações com o extremismo islâmico. AFP - RICHARD TOWNSHEND
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O deputado conservador veterano, David Amess, de 69 anos de idade, estava reunido com  eleitores na igreja metodista da pequena cidade de Leigh-on-Sea, quando foi esfaquedao até a  morte na sexta-feira, dia 15 de Outubro de 2021, por um  britânico, segundo os media, de origem somali.

De acordo com a MET(Polícia Metropolitana de Londres ), os  primeiros elementos da investigação sobre o assassínio de David Amess, apontam para uma  motivação ligada ao extremismo islâmico.

Segundo o tablóide  londrino, The Sun, o  autor do crime esfaqueou  várias vezes  Amesss, na presença  de duas assistentes do deputado britânico, e em seguida sentou-se num banco e  esperou até chegar a polícia.

Depois de terem efectuado uma busca em duas moradas de Londres,responsáveis da polícia estimam que o indivíduo cometeu o assassínio isoladamente.

No dia 16 de Outubro de 2021, o Primeiro-ministro,Boris Johnson, deslocou-se, conjuntamente com o trabalhista e líder da oposição, Keir Starmer, a  igreja onde teve lugar o trágico evento,para depôr uma coroa de flores e  honrar  a  memória de David Amess. Jonhson  era também acompanhado pelo  presidente da Câmara dos Comuns, Sir Lindsay  Hoyle, e pela ministra do Interior, Priti Patel.

Na sequência do assassínio do veterano conservador, a senhora Patel ordenou a polícia do Reino Unido, para que a instituição reforce as medidas de segurança em redor dos 650 parlamentares britânicos.

Todavia a ministra do Interior britânica, salientou que o assassínio de David Amess, não iria fazer com que os deputados deixassem de ter encontros presenciais com habitantes das respectivas circunscrições.

 De acordo com observadores, o  assassínio de Amess fez lembrar o da sua homóloga trabalhista Jo Cox, morta por um partidário do Brexit, no dia 16 de Junho  de 2016, antes do referendo que  levou o Reino Unido a  abandonar a União Europeia.

Na  época com 41 anos,Cox, que era pró-Europa, foi assassinada à tiros e esfaqueada várias vezes, na aldeia de Birstall (região de Leeds no norte da Inglaterra), por um extremista britânico favorável à saída da Grã-Bretanha da União Europeia, que gritou "Britain first"( Primeiro a Grã-Bretanha),  antes de matar a deputada do Partido Trabalhista.

Num livro publicado em 2020, o conservador David Amess, fez referência ao assédio e insultos nas redes sociais, de que era objecto no âmbito da sua vida de parlamentar.

O livro  intitula-se  " Ayes & Ears: A survivor's Guide  to Westminster"(  "Votos  e Ouvidos: o guia de sobrevivência em Westminster" em tradução livre).   

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