Tribunal autoriza acesso aos arquivos da Casa Branca sobre assalto ao Capitólio
A justiça americana decidiu ontem autorizar a comissão parlamentar de inquérito sobre o assalto ao Capitólio no dia 6 de Janeiro a aceder aos documentos da Casa Branca em elo com esta investigação, isto apesar de o antigo presidente Donald Trump ter tentado impedir que estes documentos se tornem públicos.
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Em causa estão mais de 770 páginas de documentos abrangendo dossiers de Mark Meadows, antigo chefe de gabinete de Donald Trump, do seu antigo conselheiro principal Stephen Miller e do seu adjunto, Patrick Philbin.
O antigo presidente americano também tentou bloquear a divulgação do conteúdo do relatório quotidiano das suas actividades na Casa Branca, telefonemas, visitas e reuniões, bem como as instruções dadas à sua antiga assessora de imprensa Kayleigh McEnany, notas manuscritas datadas do dia 6 de Janeiro, assim como o rascunho do discurso que pronunciou naquele dia junto ao Capitólio, antes de milhares dos seus apoiantes invadirem o recinto do parlamento americano no intuito de impedir que fosse definitivamente validada a vitória de Joe Biden nas presidenciais de Novembro de 2020.
Ao tentar impedir que a comissão parlamentar de inquérito consulte estes dados, o antigo presidente reivindicou que estes documentos fossem protegidos ao abrigo do que se chama de "privilégio do executivo".
Só que de acordo com a juíza federal Tanya Chutkan que ontem rejeitou o pedido de Trump, "os presidentes não são reis e o requerente não é presidente", a juíza referindo ainda que "o tribunal considera que o interesse público exige que se responda favoravelmente ao desejo conjunto dos pelouros legislativos e executivos de estudar os acontecimentos que resultaram no que sucedeu no dia 6 de Janeiro".
De acordo com o jornal Washington post, os advogados do antigo presidente pretendem recorrer desta decisão. Uma sentença que intervém numa altura em que a comissão parlamentar de inquérito acaba de lançar uma série de convocatórias aos antigos próximos colaboradores de Trump, os referidos arquivos da Casa Branca devendo em princípio ser transmitidos à comissão parlamentar nesta sexta-feira.
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