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#Myanmar

TotalEnergies e Chevron anunciam retirada de Myanmar

Os gigantes francês TotalEnergies e o americano Chevron anunciaram, esta sexta-feira, que vão sair de Myanmar. Em causa, a degradação dos direitos humanos no país desde o golpe militar de 1 de Fevereiro de 2021.

TotalEnergies. Imagem de arquivo.
TotalEnergies. Imagem de arquivo. Christophe ARCHAMBAULT AFP/File
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Desde o golpe militar de há um ano, em Myanmar, os gigantes franceses e americano de energia estavam na mira das ONGs de direitos humanos. A TotalEnergies e a Chevron são parceiras e operadoras no campo de gás offshore de Yadana, no Mar de Andaman, ao lado da tailandesa PTTEP e da empresa estatal birmanesa MOGE.

Inicialmente, a Total tinha recusado encerrar as suas actividades no país, onde está desde 1992, preferindo proteger as equipas locais e considerando que interromper o fornecimento de gás agravaria a situação da população. Um ano depois, a empresa francesa reexaminou a decisão e anunciou retirar-se tendo em conta a degradação dos direitos humanos. A saída será efectiva depois do pré-aviso de seis meses.

“O contexto que continua a deteriorar-se em Myanmar, em termos de direitos humanos e, de um modo geral, do Estado de direito, desde o golpe de Fevereiro de 2021, levou-nos a reavaliar a situação e já não permite que a TotalEnergies dê um contributo positivo suficiente neste país", declarou o grupo francês em comunicado.

Desde o golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2021, grupos de activistas e defensores dos direitos humanos pediam às empresas estrangeiras para bloquearem o financiamento que a junta birmanesa obtinha graças às suas actividades no país. No entanto, poucas foram as que sairam de Myanmar apesar da repressão e dos avisos dos analistas económicos que alertam para um ambiente “tóxico” para os negócios. Entre as que saíram, contam-se o grupo norueguês de telecomunicações Telenor e o produtor francês de energias renováveis Voltalia. 

Desde o golpe que derrubou o governo liderado por Aung San Suu Kyi, as forças de segurança mataram mais de 1.400 pessoas e prenderam milhares de outras, de acordo com a ONG Assistance Association for Political Prisoners (Associação de Assistência para Presos Políticos).

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