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Estados Unidos

Karine Jean-Pierre, 1ª mulher negra e lésbica nomeada porta-voz da Casa Branca

A partir do próximo dia 13 de Maio, Karine Jean-Pierre vai tornar-se na 1ª mulher negra e abertamente homossexual a ser porta-voz da Presidência dos Estados Unidos. Ela vai suceder a Jen Psaki de quem tem sido adjunta, esta última sendo alegadamente pressentida para ocupar um posto num canal televisivo próximo dos democratas, o partido do Presidente Biden.

Biden nomeia Karine Jean-Pierre como porta-voz da Casa Branca, primeira mulher negra no cargo
Biden nomeia Karine Jean-Pierre como porta-voz da Casa Branca, primeira mulher negra no cargo AP - Evan Vucci
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"Sou tudo o que Donald Trump odeia", afirmava em 2018 Karine Jean-Pierre que ontem foi oficialmente nomeadamente porta-voz da Casa Branca, um cargo prestigioso e ao mesmo tempo exposto politicamente para o qual, segundo Joe Biden, ela trará a sua "experiência, talento e honestidade", esta alta responsável tendo já substituído em algumas ocasiões Jen Psaki, até agora titular do cargo.

Na conferência de imprensa ontem durante a qual passou o testemunho à sua sucessora, Jen Psaki sublinhou que Karine Jean-Pierre "será a primeira mulher negra, a primeira pessoa abertamente LGBTQ+ a ocupar esse cargo, o que é óptimo, porque a representatividade é importante e porque ela dará voz a tantas pessoas, e mostrará a tantas pessoas o que é possível alcançar quando se trabalha afincadamente e se sonha alto".

Palavras às quais Karine Jean-Pierre respondeu reconhecendo que "é um momento histórico” e referindo entender “o quanto é importante para tanta gente".

Aos 44 anos, filha de imigrantes haitianos, Karine Jean-Pierre que vive actualmente com uma jornalista da CNN, com quem tem uma filha, torna-se a primeira mulher negra e lésbica a chegar a este posto do qual apenas uma outra mulher negra, Judy Smith, se aproximou ao tornar-se vice-porta-voz da Casa Branca em 1991, durante a presidência de George H.W. Bush.

Nascida na Martinica de pais haitianos que emigraram para os Estados Unidos, onde o pai seria motorista de táxi e a mãe cuidadora doméstica, Karine Jean-Pierre cresceu em Nova Iorque onde estudou na prestigiosa Universidade de Columbia antes de se lançar na vida política e associativa.

Karine Jean-Pierre tem uma extensa experiência nos bastidores políticos. Trabalhou nas duas campanhas de Barack Obama em 2008 e em 2012, assim como na campanha de Joe Biden em 2020, acabando por depois juntar-se à sua equipa na Casa Branca.

Ao ser questionada ontem sobre a mensagem que pretende passar aos jovens, aquela que descreve frequentemente o percurso da sua família como uma ilustração do “sonho americano”, declarou que “quando se trabalha muito para atingir um objectivo, ele acaba por acontecer”.

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