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Birmânia

Birmânia: quatro prisioneiros executados pelo regime militar

Pela primeira vez desde o final dos anos 80, quatro prisioneiros foram executados pela junta militar. Uma informação divulgada pela organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch esta segunda-feira, que denuncia "um acto de maior crueldade".


Manifestantes gritam slogans durante um protesto contra o golpe militar na Birmânia. Mandalay, Birmânia, no domingo, 28 de fevereiro de 2021.
Manifestantes gritam slogans durante um protesto contra o golpe militar na Birmânia. Mandalay, Birmânia, no domingo, 28 de fevereiro de 2021. AP
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Mais de 30 anos depois da última execução ocorrida no país, quatro prisioneiros foram executados na Birmânia pela junta militar. No poder desde do golpe de estado de fevereiro de 2021, o regime militar anunciou no inicio de Junho que iria retomar a pena capital.

Entre as pessoas executadas se encontram a antiga deputada pró-democracia Phyo Zeyar Thaw e o activista Ko Jimmy que tinha sido reconhecido culpado em Janeiro de terrorismo.

Os dois outros prisioneiros mortos pela Junta são Hla Myo Aung e Aung Thura Zaw, acusados de ter assassinado uma informadora dos militares.

As autoridades militares informaram numa nota publicada na pela Agência Nacional de Myanmar, que "o castigo foi aplicado" sem especificar a data na qual foram efectuadas as execuções.

Um cenário que poderá voltar a acontecer nas próxima semanas. Desde de Fevereiro de 2021, 113 pessoas foram condenadas à pena de morte pelo regime militar. 

Refira-se que a Junta militar que derrubou o governo civil dirigido por Aung San Su Kyi no dia 1 de Fevereiro de 2021, tem exercido uma forte repressão sobre os seus opositores , com mais de dois mil civis mortos e 15 000 detidas, segundo a ONG Associação de assistência aos presos políticos, desde o regresso dos militares ao poder.

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