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Suécia

Direita sueca vence as legislativas com apoio da extrema-direita

A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, cujo partido de centro-esquerda estava no poder havia 8 anos, entregou hoje a sua demissão, depois de ter sido confirmada ontem à noite a derrota da sua formação nas legislativas do passado domingo, um escrutínio do qual saiu vitoriosa uma inédita coligação da direita com a extrema-direita.

Ulf Kristersson, chefe dos conservadores da Suécia.
Ulf Kristersson, chefe dos conservadores da Suécia. TT News Agency/Henrik Montgomery/REUTERS
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Aos 58 anos, Ulf Kristersson, líder dos conservadores suecos e arquitecto da aproximação com a extrema-direita, com a qual obteve 176 assentos parlamentares, contra 173 para a esquerda, faz regressar o seu campo ao poder mas com o apoio do partido anti-imigração dos Democratas da Suécia.

A extrema-direita que, sozinha, recolheu um pouco mais de 20% dos votos, tornou-se desta feita a segunda força política do país, num contexto em que o forte impulso da imigração e o aumento da insegurança -chavões deste género de formações- contribuíram para a sua progressão constante nestes últimos anos.

Mas apesar da crescente força deste partido herdeiro de um pequeno grupo neonazi criado em 1988, analistas consideram que há poucas hipóteses de esta formação entrar directamente no governo, dada a forte oposição existente na direita tradicional, os moderados, cristãos-democratas e os liberais, sobre os quais o executivo deverá sustentar-se.

Considerado o único capaz de reunir todas as tendências e interesses divergentes do campo da direita, Ulf Kristersson, deve ser oficialmente incumbido na semana que vem de formar um executivo. Dadas as divisões entre as várias correntes de direita e dado, sobretudo, a ínfima maioria obtida por este bloco, não está excluída a possibilidade da esquerda ter alguma participação.

A doravante ex-primeira-ministra Magdalena Andersson, que continua a ser chefe do partido social-democrata, disse que a sua porta continua aberta a eventuais colaborações em caso de fracasso nas negociações da direita com a extrema-direita.

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