Burkina Faso: Calma volta após protestos contra a CEDEAO
No Burkina Faso a capital voltou nesta quarta-feira à normalidade após protestos da tarde desta terça-feira contra a missão da CEDEAO, a Comunidade económica dos Estados da África ocidental.
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Depois de vários dias movimentados, a capital do Burkina Faso, Uagadugu, voltou à calma.
Na passada sexta-feira, um grupo de militares do exército assumiu o controlo da televisão estatal para anunciar a destituição do tenente-coronel Paul-Henri Damiba, movimento lançado sob a batuta do capitão Ibrahim Traoré.
Trata-se do segundo golpe de Estado no país em menos de um ano, depois do primeiro, ocorrido em Janeiro.
Depois de um fim-de-semana agitado, a situação parecia ter voltado ao normal, como explica a Embaixadora brasileira em Uagadugu, Ellen De Barros numa entrevista de Rolodphe De Oliveira:
"Na Segunda-Feira a cidade amanheceu normal, as crianças voltaram às aulas e as lojas abriram de novo".
A situação voltou a ser tensa na terça-feira à tarde, depois do anúncio da chegada do CEDEAO ao país "Terça-Feira à tarde teve um início de protestos em relação à missão da CEDEAO que veio a Uagadugu para uma primeira conversa frente a frente com o capitão Ibrahim Traoré."
Se a situação acalmou nesta quarta-feira, estes protestos demonstram um verdadeiro receio da população, sublinhou Ellen De Barros:
"As conversas aparentemente correram bem, mas não puderam sair do aeroporto com receio das pessoas que estavam protestando, com medo que a CEDEAO fosse novamente criar tensões contra o Burkina."
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