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Burkina Faso

Líder da junta militar do Burkina Faso garante futura designação de presidente de transição

O capitão Ibrahim Traouré garante a realização daqui até ao final do ano, o mais tardar, de uma reunião das forças vivas para designar, nomeadamente, o presidente da transição. O Burkina Faso viveu na sexta-feira novo golpe de Estado que se traduziu no derrube do tenente coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que tinha tomado o poder em Janeiro passado. Este poder-se-ia encontrar já no Togo.

Novo chefe mlilitar do Burkina Faso, Ibrahim Traoré, a 2 de Outubro de 2022.
Novo chefe mlilitar do Burkina Faso, Ibrahim Traoré, a 2 de Outubro de 2022. REUTERS - VINCENT BADO
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O novo homem forte do Burkina Faso concedeu uma entrevista telefónica a Christophe Boisbouvier da RFI.

O capitão Ibrahim Traoré, de 34 anos, garante que se limita a tratar dos assuntos pendentes e que compete a uma reunião das forças vivas daqui até ao final do ano, o mais tardar, designar quem será o presidente da transição.

Ele deixa, porém, a entender que não se deveria manter na liderança do antigo Alto Volta, confirmando que o regresso à ordem constitucional, como agendado com a comunidade regional, a CEDEAO, deveria ocorrer até Julho de 2024 e, se possível, antes mesmo dessa data.

Traoré não confirma, porém, o paradeiro exacto do seu antecessor que acabou por aceitar pedir a sua demissão do cargo e que poder-se-ia encontrar no Togo.

Eis em resumo os principais elementos abordados por Ibrahima Traoré com a RFI:

"Não há problemas entre o coronel Damiba e a minha pessoa. Não se trata de um problema pessoal. Falámos ainda este domingo.

Desejamos que o regresso à ordem constitucional normal ocorra mesmo antes de Julho de 2024.

Confirmo que avançamos para um encontro das forças vivas da nação que vai designar um presidente da transição.

Daqui até lá eu trato os assuntos pendentes, esperando que essa reunião tenha lugar bem antes do fim do ano, o mais rápido possível.

Emitimos um comunicado acerca dos incidentes em torno de instalações militares, aliás não unicamente francesas. Condenamos estes excessos da multidão e pensamos que as coisas vão entrar na ordem.

O Burkina Faso tem muitos parceiros, a França é um dentre eles, mas há muitos outros. Estamos dispostos a colaborar com todos os que nos puderem ajudar, sem um alvo em específico.

A Rússia é um Estado como os demais, tem já uma parceria connosco, como se pode constatar; mesmo no nosso exército utilizamos muito material russo.

É já um parceiro para o Burkina Faso. Não vejo razão para se tirar ilações de uma bandeira russa ou francesa presente em Uagadugu."

01:20

Ibrahima Traoré, líder da nova junta militar do Burkina Faso, entrevista a Christophe Boisbouvier, 3/10/2022

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