Acesso ao principal conteúdo
Europa/China

Charles Michel reúne-se com Xi Jinping em Pequim

O presidente do Conselho Europeu anunciou esta quinta-feira, 24 de Novembro, que se vai deslocar a Pequim no dia 1 Dezembro para um encontro com Presidente Xi Jinping. Charles Michel avançou que na agenda dos líderes políticos estão “assuntos de interesse comum e os desafios mundiais”.

O presidente do Conselho Europeu anunciou esta quinta-feira, 24 de Novembro, que se vai deslocar a Pequim no dia 1 Dezembro para um encontro com Presidente Xi Jinping.
O presidente do Conselho Europeu anunciou esta quinta-feira, 24 de Novembro, que se vai deslocar a Pequim no dia 1 Dezembro para um encontro com Presidente Xi Jinping. AP - Geert Vanden Wijngaert
Publicidade

O presidente do Conselho Europeu desloca-se à capital chinesa no próximo dia 1 de Dezembro para se encontrar com o Presidente Xi Jinping. Esta visita acontece num contexto de intensas discussões sobre o posicionamento do bloco europeu face à China e numa altura em que a tensão aumenta entre Washington e Pequim.

“Vamos discutir os desafios mundiais e assuntos de interesse comum”, afirmou Charles Michel.

Charles Michel tem de lidar, por um lado, com um país como a Alemanha, que tem importantes interesses económicos na China, e outros Estados-Membros como a Lituânia, que atraiu a ira de Pequim ao estabelecer ligações com Taiwan, considerado pela China como parte integrante do seu território.

"No contexto de um ambiente geopolítico e económico tenso, a visita é uma oportunidade oportuna para a UE e a China dialogarem", afirma num comunicado o Conselho Europeu.

No passado dia 12 de Novembro, em Phnom Penh, no Camboja, a poucos dias do arranque da cimeira do G20, durante a qual Xi Jinping se encontrou com o Presidente Joe Biden, Charles Michel solicitou a Pequim para convencesse a Rússia a respeitar o direito internacional na Ucrânia.

"Pedimos às autoridades chinesas para usarem todos os meios, à sua disposição, para convencer a Rússia a respeitar as fronteiras internacionalmente reconhecidas, a respeitar a soberania da Ucrânia", disse o presidente do Conselho Europeu à AFP.

Ainda este mês, num incidente que ilustra as tensões entre Bruxelas e Pequim, a transmissão de um discurso de Charles Michel, programado para abrir uma feira em Xangai, foi cancelada porque as autoridades chinesas quiseram censurá-lo, em parte, segundo vários diplomatas europeus.

Um destes diplomatas precisou que as autoridades chinesas queriam censurar, no discurso de Charles Michel, todas as referências à guerra na Ucrânia. Um assunto delicado na China, que se tem mantido oficialmente neutra, mas continua a ser um aliado estratégico de peso da Rússia.

Desde a imposição de sanções, por alegados abusos dos direitos humanos na região chinesa de Xinjiang, que as relações entre a China e a União Europeia se tem vindo a deteriorar.

A União Europeia considera a China um “parceiro, concorrente económico e rival sistémico”, segundo a formulação adoptado em 2019. Ainda assim, os laços comerciais entre os dois continentes continuam fortes.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.