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Europa

UE proíbe produtos que contribuem para a desflorestação

O Parlamento Europeu e os Estados-membros da União Europeia aprovaram esta madrugada, 6 de Dezembro, um acordo que proíbe a importação de vários produtos, cacau, café e soja, que contribuem para a desflorestação. A Comissão Europeia deverá analisar, dentro de dois anos, uma possível ampliação a outros produtos, como o milho, inicialmente na lista, mas que acabou por ser retirado.

O Parlamento Europeu e os Estados-membros da União Europeia aprovaram esta madrugada um acordo que proíbe a importação de vários produtos que contribuem para a desflorestação.
O Parlamento Europeu e os Estados-membros da União Europeia aprovaram esta madrugada um acordo que proíbe a importação de vários produtos que contribuem para a desflorestação. AP - Leo Correa
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De acordo com o comunicado, em causa está o cacau, o café, a soja, mas também óleo de palma, a madeira, a carne bovina e a borracha, bem como diversos materiais associados (o couro, o mobiliário, o papel impresso, e o carvão).

A ideia é proibir a entrada, no mercado europeu, de todos os produtos que tenham contribuído para a desflorestação, a partir de Dezembro de 2020. As empresas importadoras terão de provar a rastreabilidade dos produtos, através de dados de geolocalização de culturas e associados a imagens de satélite.

O texto proposto em Novembro de 2021 pela Comissão Europeia foi amplamente adoptado pelos Estados membros. No entanto, no passado mês de Setembro, os eurodeputados decidiram aumentar os produtos a sancionar, em particular a borracha, ausente da proposta inicial.

O Parlamento Europeu também tinha pedido que texto incluísse outros ecossistemas florestais ameaçados, como o Cerrado (Brasil/Paraguai/Bolívia), de onde vem grande parte das importações europeias de soja.

O acordo determina igualmente que a extensão "a outras áreas florestais" deverá ser avaliada no prazo máximo de um ano, após a entrada em vigor do texto.

A Comissão Europeia deverá analisar, dentro de dois anos, uma possível ampliação a outros produtos, como o milho, inicialmente na lista, mas que acabou por ser retirado. Outros ecossistemas ricos em armazenamento de dióxido de carbono e biodiversidade serão avaliados.

Segundo a organização não-governamental “World Wide Fund for Nature”, a UE é responsável por 16% da desflorestação mundial através das importações e é o segundo maior destruidor de florestas tropicais depois da China.

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