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Peru/México

Crise diplomática entre o Peru e México

O Peru declarou esta terça-feira, 20 de Dezembro, o embaixador do México, Pablo Monroy, personna “non grata”, acrescentando que o diplomata tem 72 horas para deixar o país. A decisão surge depois do México ter anunciado um acordo de asilo político à família do ex-Presidente Pedro Castillo, detido sob a acusação de tentativa de golpe de Estado.

Crise diplomática entre o Peru e o México
Crise diplomática entre o Peru e o México AP - Martin Mejia
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A decisão das autoridades peruanas surge horas depois do embaixador mexicano, Pablo Monroy ter anunciado um acordo de asilo político à família do ex-Presidente do Peru.

A informação foi confirmada pela ministra dos Negócios Estrangeiros do Peru. Nas redes sociais,  Ana Cecilia Gervasi escreveu que a família de Pedro Castillo, actualmente na embaixada do México, em Lima, tinha autorização para viajar para território mexicano.

A responsável pela diplomacia peruana acrescentou, ainda, que a expulsão do diplomata mexicano foi tomada depois das acusações de ingerência política no governo de Dina Baluarte.

"A decisão surge depois das declarações repetidas de altos responsáveis mexicanos sobre a situação política que se vive no Peru”, explicou.

O Mexico já veio condenar a decisão de Lima, reiterando que o comportamento do embaixador Pablo Monroy respeitou a lei e o princípio de não intervenção

"O México considera a decisão de Lima como infundada e condenável. A conduta do nosso embaixador estava em conformidade com a lei e o princípio de não intervenção. O México não mudará a sua posição”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard.

O Peru atravessa uma crise política e social devido às manifestações que abalam o país desde a destituição do ex-Presidente Pedro Castillo. Os protestos começaram a 7 de Dezembro em várias regiões do Peru, particularmente na capital, Lima, e na parte sul dos Andes peruanos, depois de o Parlamento ter destituído Pedro Castillo da Presidência.

A destituição aconteceu depois de Pedro Castillo ter anunciado a dissolução do Parlamento e a criação de um executivo de emergência, que governaria por decreto, medida interpretada como uma tentativa de golpe de Estado.

O Parlamento peruano antecipou as eleições presidenciais para Abril de 2024, numa tentativa de colocar um ponto final na agitação popular.

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