Peru: Dina Boluarte rejeita abandonar o cargo
No Peru, as manifestações desta sexta-feira, 20 de Janeiro, terminaram em violentos confrontos. A Presidente Dina Boluarte rejeita abandonar o cargo e garante que “o Governo está mais unido do que nunca”.
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Na capital, milhares de manifestantes saíram às ruas com cartazes onde se podia ler “Dina assassina” e “isto não é uma democracia, Dina o povo repudia-te”.
Ontem, o dia de manifestações terminou com violentos protestos entre manifestantes e a polícia que uso gás lacrimogéneo. Várias pessoas foram detidas.
Em declarações à AFP, o secretário-geral da Confederação dos trabalhadores, Gerónimo Lopes, afirmou que a luta vai continuar em todas as regiões do país, até à demissão da Presidente peruana, marcação de eleições e a realização de um referendo para a criação de uma Assembleia constituinte.
A Presidente do Peru rejeita abandonar o cargo e garante que “o Governo está mais unido do que nunca”. Dina Boluarte acusou os manifestantes de quererem “quebrar o Estado de direito”, apelando à calma numa altura em que se se intensificam os protestos.
As manifestações no Peru começaram em Dezembro após a Presidente Dina Boluarte, que era vice-Presidente, ter assumido a chefia do Estado na sequência da destituição e detenção do então Presidente, Pedro Castillo, acusado de tentar executar um golpe de Estado. Pedro Castillo que foi condenado a 18 meses de prisão preventiva.
Desde o início de Dezembro os protestos anti-governamentais já fizeram perto de 50 mortos e centenas de feridos.
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