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Sismo

Ajuda humanitária começa a chegar à Síria após terramoto que fez 20 mil mortos

A ajuda humanitária começou hoje a chegar à parte da Síria ocupada pelos rebeldes, com vários camiões da ONU a conseguirem passar a fronteira segundo relatos de jornalistas no local. O número de mortos na Síria e na Turquia devido ao sismo de segunda-feira já se eleva a mais de 20 mil.

A ajuda humanitária começa agora a chegar à parte da Síria ocupada pelos rebeldes.
A ajuda humanitária começa agora a chegar à parte da Síria ocupada pelos rebeldes. © Sertac Kayar Reuters
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A ONU conseguiu a certeza das autoridades que patrulham as fronteiras entre a Síria e a Turquia que a ajuda para a zona controlada pelos rebeldes na Síria chegaria e enviou seis camiões, que segundo relatos dos jornalistas no local, conseguiram atravessar a fronteira e chegar a quem mais precisa. Este é o primeiro envio de ajuda humanitária para este região, onde terão morrido cerca de 3 mil pessoas.

O sismo veio abrir as linhas de comunicação com a parte da Síria controlada pelos rebeldes, com o coordenar da ONU na Síria a dizer que é altura de “pôr a política de lado” e ajudar as populações locais.

O balanço total dos mortos continua a subir, com uma nova actualização a dar conta de mais de 20 mil mortos na Turquia e na Síria, ultrapassando o sismo de 1999, em que terão morrido cerca de 17 mil turcos. No terreno, uma tempestade de frio tem dificultado a ajuda aos sobreviventes, com os três principais aeroportos a estarem fechados, não permitindo às ajudas internacionais chegarem rapidamente.

Desde terça-feira, pelo menos 45 países já enviaram equipas de resgate e bens materiais, com a União Europeia a mobilizar 1.185 socorristas, os Estados Unidos enviaram 160 socorristas e também a Ucrânia e a Rússia acabaram por enviar missões de resgate. Quanto a ajuda financeira, os Emirados Arabes Unidos prometeram 100 milhões de euros para ajudar na reconstrução.

A agência de rating Fitch, declarou que os estragos materais provocados por este sismo podem ir até 4 mil milhões de dólares e que os dois países no meio de "uma enorme tragédia humana" devem ainda enfrentar perdas económicas "difíceis de estimar", já que a situação continua a evoluir e a contabilização dos estragos também..

Segundo esta agência, as seguradoras só devem cobrir cerca de mil milhões de dólares dos estragos totais deste desastre natural.

Na Turquia, as populações queixam-se da lentidão da ajuda, com o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que visitou hoje as províncias mais afectadas, a admitir que “há lacunas” e que é impossível preparar um desastre como este sismo.

Estima-se que mais de 60 mil pessoas tenham ficado feridas na Turquia e 5.000 na Síria, com milhares de pessoas a ficarem desalojadas. Cerca de 3 mil casas e prédios desabaram em sete províncias turcas, sendo difícil contabilizar os estragos na Síria entre a zona dominada pelo regime de Bashar al-Assad e os rebeldes. Sabe-se, para já, que a cidade de Aleppo sofreu muitos danos, juntando-se à destruição dos últimos anos devido à guerra.

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