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Sismos

Turquia/Síria: Equipas de resgate com difícil acesso aos sobreviventes

O número de vítimas mortais continua a subir. O mais recente balanço aponta para a morte de mais de 33.000 pessoas depois do sismo que atingiu a Síria e a Turquia. Na cidade turca de Caramânia, epicentro do terramoto, encontrava-se Arieth Fernando Diwa que sobreviveu ao terramoto. A estudante de medicina angolana descreve os momentos em que foi evacuada do prédio onde vivia.

Turquia/Síria: Equipas de resgate com dificuldades para ajudar sobreviventes.
Turquia/Síria: Equipas de resgate com dificuldades para ajudar sobreviventes. © RAMI AL SAYED, AGENCE FRANCE-PRESSE
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Passadas 129 horas desde o registo dos terremotos. As equipas de resgate continuam a enfrentar dificuldades para ajudar os sobreviventes dos dois terremotos que atingiram o sul da Turquia, perto da fronteira com a Síria.

Ainda assim, as histórias de resgates continuam a surgir. As equipas de emergência conseguiram resgatar uma família de cinco pessoas depois de 129 horas sobre os escombros. Em diferentes cidades da Turquia, outras quatro pessoas que estiveram soterradas cerca de 116 horas também foram resgatadas com vida.

As estradas estão danificadas, os escombros amontoam-se e outros desafios logísticos dificultam o acesso aos sobreviventes. "Nos primeiros dias era completamente impossível sair da cidade. As pessoas que estavam fora da cidade não conseguiam entrar e nós, que estávamos dentro, não podíamos sair", explica a estudante de medicina angolana, Arieth Fernando Diwa, que sobreviveu ao terramoto na cidade turca de Caramânia. "Passados alguns dias, o governo turco disponibilizou meios para que a população saísse do local para outras cidades que foram menos afectadas", descreve.

"Não queria sair de casa porque pensei: 'como é que vou sair se as coisas se estão a mover de um lado para o outro, pode ser muito perigoso. Foi necessário que as pessoas esperassem alguns minutos e procurem, o mais rápido possível, evacuar o local", lembrou Arieth Diwa.

A cidade de Caramânia não ficou completamente destruída, lembra a estudante. "O prédio onde estava só se moveu, mas não ficou destruído. Noutras áreas mais abaixo, na cidade, muitos prédios caíram e muitos estudantes morreram", descreve.

"Deu-se uma pausa aos estudos de forma presencial, mas é bem possível que os estudos voltem a ser de forma on-line. Neste momento estamos à espera que o governo nos diga o que fazer para retomar as aulas. Ouvi dizer que os estudantes que viviam nas cidades afectadas possam ir para outras cidades porque a cidade onde estávamos ficou muito afectada e é possível que não possamos voltar para lá", acredita Arieth Diwa.

O coordenador das operações de emergência das Nações Unidas, Martin Griffiths, diz que o número de mortos pode “duplicar ou mais”, num sismo que considera ser o “pior acontecimento em 100 anos nesta região”.

Tedros Adhanom Ghebreyesus chegou este sábado à Síria, com “cerca de 37 toneladas de material médico de emergência”. Em Alepo, o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) ficou de “coração partido ao ver as condições que os sobreviventes enfrentam” — desde o frio ao “acesso extremamente limitado” a comida, água ou cuidados médicos.

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