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Estados Unidos / China

Casa Branca proíbe funcionários federais de ter Tik Tok nos seus equipamentos

A Casa branca ordenou que as agências federais americanas tomem medidas para garantir que os seus equipamentos deixem de ter a aplicação chinesa Tik Tok no prazo de 30 dias. Esta decisão vem no seguimento da ratificação de uma lei neste sentido em Janeiro por Joe Biden. As autoridades americanas consideram que esta aplicação é uma ameaça para a segurança nacional, tal como o Canada ou as instituições europeias que também adoptaram dispositivos semelhantes para os seus funcionários.

Para a Casa Branca, a Tik Tok representa um risco para a segurança nacional.
Para a Casa Branca, a Tik Tok representa um risco para a segurança nacional. REUTERS - Dado Ruvic
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Num memorando, o departamento de gestão e orçamento da Casa Branca, pediu ontem às agências federais para "suprimir e proibir as instalações" da conhecida aplicação chinesa nos aparelhos que lhe pertencem ou são geridos por elas e para também "proibir o fluxo internet" a partir destes equipamentos em direcção à aplicação.

Apesar de esta proibição não abranger as entidades de não dependem do governo federal, nem aos milhões de particulares que utilizam a aplicação no país, a União Americana para as Liberdades Civis (ACLU), lamentou a adopção deste dispositivo que -a seu ver- visa "proibir efectivamente Tik Tok".

A plataforma chinesa não reagiu no imediato a esta decisão, mas o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros não deixou, por sua vez, de observar que "o Estados Unidos são maior país do mundo e têm medo de uma aplicação apreciada pelos jovens", o que a seu ver traduz "uma falta de confiança em si".

Todavia, esta decisão da Casa Branca não é isolada. Ontem, o governo canadiano anunciou que ia banir a partir desta terça-feira a aplicação dos equipamentos móveis que fornece aos seus funcionários, devido a "um nível de risco inaceitável" para a vida privada e a segurança.

Uma medida semelhante foi anunciada hoje pelo parlamento dinamarquês relativamente aos deputados e seus colaboradores, devido ao "risco de espionagem".

No mesmo sentido, na semana passada, tanto a Comissão Europeia como o Conselho Europeu anunciaram que proibiam a utilização desta aplicação nos telefones profissionais dos seus funcionários, por motivos de cibersegurança.

Face à decisão das instituições europeias e do Canadá, a Tik Tok reagiu invariavelmente dizendo que "não tinha sido consultada previamente".

A aplicação chinesa também faz parte desde 2020 dos dispositivos proibidos pela Índia, grande rival da China a nível regional.

Em Novembro, a plataforma que contabiliza mais de mil milhões de utilizadores e é a sexta mais popular no mundo, reconheceu que alguns dos seus funcionários tinham a possibilidade de aceder a dados de utilizadores europeus e em Dezembro tinha inclusivamente admitido que isto tinha servido para vigiar jornalistas. O grupo contudo negou ter dado acesso a esses dados ao governo chinês.

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