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Ásia Central

Segurança regional na ementa da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai

Estão reunidos virtualmente na sua 23ª cimeira os dirigentes dos oito países que integram a Organização de Cooperação de Xangai (OCS), a Rússia, Índia, China, Paquistão e antigas repúblicas soviéticas da Ásia central. Na ementa das conversações está a adesão do Irão a este grupo de cooperação, mas igualmente questões mais alargadas de comércio e geopolítica.

Presidente russo, Validimir Putin, durante a conferência virtual da Organização de Cooperação de Xangai.
Presidente russo, Validimir Putin, durante a conferência virtual da Organização de Cooperação de Xangai. AFP - ALEXANDER KAZAKOV
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Criada em 2001 no intuito de contrabalançar a influência ocidental na Ásia Central, a Organização de Cooperação de Xangai está prestes a abrir as suas portas ao Irão, cujo Presidente participa na cimeira desta terça-feira. Presentes também na qualidade de observadores, estão igualmente a Mongólia e a Bielorrússia.

Mas para além do alargamento da sua influência, o que está em debate neste encontro são questões da actualidade imediata, nomeadamente a paz regional, numa altura em que por um lado, a Rússia está há mais de um ano a conduzir uma ofensiva na Ucrânia, e em que, por outro lado, a China não esconde as suas pretensões territoriais nomeadamente sobre Taiwan.

A questão da estabilidade foi precisamente o pelouro abordado pelo chefe de Estado chinês que nesta cimeira apelou a "esforços para salvaguardar a paz regional e garantir a segurança comum". Neste sentido, Xi Jinping disse que o seu país está disposto a "promover soluções políticas às questões internacionais e regionais mais prementes", sem especificar a que dossiers se referia.

Numa alusão mais clara ao seu antagonismo com os Estados Unidos, o Presidente chinês disse que vai prosseguir "na direcção da mundialização" e que "se vai opor ao proteccionismo, às sanções unilaterais, bem como à generalização do conceito de segurança nacional".

No mesmo sentido, também o Presidente russo assegurou que o seu país vai continuar a "resistir face às pressões exteriores" e às sanções.

Nesta que foi a sua primeira participação numa reunião internacional desde a tentativa de desestabilização protagonizada pelo grupo paramilitar Wagner há uma dezena de dias, Vladimir Putin agradeceu os países da OCS que lhe expressaram o seu "apoio" durante o motim.

Refira-se entretanto que esta reunião decorre apenas duas semanas depois de o Primeiro-Ministro Indiano, que actualmente assegura a presidência rotativa da OCS, ter estado em Washington numa visita durante a qual o Presidente Biden não deixou de vincar a força dos elos que unem os Estados Unidos e a Índia. 

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