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Portugal

Incêndios causam destruição em Portugal e Espanha desde o fim-de-semana

Várias zonas de Portugal estão à mercê de temperaturas que chegaram aos 46°C ontem em Santarém, no centro do país, e de incêndios florestais, com 16 aeronaves e cerca de 2.800 bombeiros actualmente mobilizados para o combate às chamas em todo o território.

Imagem satélite da agência europeia Copernicus do incêndio na zona de Odemira, no sudoeste de Portugal, nesta terça-feira 8 de Agosto de 2023.
Imagem satélite da agência europeia Copernicus do incêndio na zona de Odemira, no sudoeste de Portugal, nesta terça-feira 8 de Agosto de 2023. © União Europeia, Copernicus Sentinel-2
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Numa última comunicação pública esta tarde, a protecção civil portuguesa deu conta de “três ocorrências significativas”, em Odemira (distrito de Beja), Cinfães e Mangualde (ambos no distrito de Viseu), sendo a primeira “aquela que merece maior preocupação”.

Perto de 900 bombeiros continuam mobilizados em Odemira, no sudoeste do país, onde segundo primeiras estimativas, 7.000 hectares arderam desde sábado. As autoridades referem ainda que desde o fim-de-semana 20 povoações e quase 1500 pessoas foram evacuadas dessa zona.

A protecção civil referiu ainda que as condições meteorológicas no sudoeste vão manter-se desfavoráveis, devido ao calor e ao vento seco, sendo que os bombeiros estão a tentar evitar que o fogo progrida rumo à serra de Monchique, mais a sul.

Paralelamente, as autoridades referem que na zona de Leiria, no oeste do país, os fogos estão a conhecer uma acalmia depois de já ter devastado cerca de 7 mil hectares de mato estes últimos dias.

Em declarações hoje à imprensa, o vereador da Protecção Civil da Câmara de Leiria considerou que os incêndios na zona da Caranguejeira “não são obra do acaso” e recomendou que a população se mantenha atenta e colabore com as autoridades nas investigações sobre a origem dos fogos.

O estado de alerta é mantido tanto em Portugal como em Espanha cuja zona sudoeste da Espanha tem estado hoje em alerta laranja, com a província de Córdoba, na Andaluzia, a chegar ao nível de alerta vermelho, sinónimo de perigo extremo, anunciou a agência meteorológica espanhola (Aemet) ao referir que as altas temperaturas deveriam manter-se pelo menos até quinta-feira.

A península Ibérica tem estado em primeira linha do aquecimento global na Europa, com a multiplicação de episódios de calor extremo, seca e incêndios.

De acordo com dados preliminares, cerca de 100.000 hectares já arderam em 2023 em Espanha e Portugal, contra mais de 400.000 no total em 2022

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