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BRICS

Cimeira dos BRICS abre nesta terça-feira com alargamento em perspectiva

A partir de amanhã e até ao dia 24 de Agosto realiza-se em Joanesburgo a 15 ª reunião dos dirigentes dos BRICS, o bloco juntando o Brasil, Rússia, India, China e África do Sul, para evocar nomeadamente o seu eventual alargamento, Pretoria afirmando que cerca de 40 países manifestaram interesse em entrar neste grupo.

Centro de conferências de Sandton em Joanesburgo, local onde decorre a partir desta terça-feira até ao dia 24 de Agosto a 15ª cimeira dos BRICS.
Centro de conferências de Sandton em Joanesburgo, local onde decorre a partir desta terça-feira até ao dia 24 de Agosto a 15ª cimeira dos BRICS. AFP - GIANLUIGI GUERCIA
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Os cinco países que juntos produzem 18% -ou seja um quarto- das riquezas mundiais juntam-se a partir desta terça-feira e durante dois dias em Joanesburgo para evocar a sua expansão económica e política.

O Presidente do país anfitrião, Cyril Ramaphosa acolhe os seus homólogos do Brasil e da China bem como o Primeiro-ministro Indiano, a Rússia sendo por seu turno representada pelo seu chefe da diplomacia.

Depois de meses de especulação sobre a sua presença nesta cimeira, o Presidente Russo acabou por optar não se deslocar, devido ao mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional que o acusa de "crimes de guerra" na Ucrânia. Vladimir Putin vai contudo participar nos debates por videoconferência.

Poucas informações filtraram sobre a agenda da cimeira, mas segundo Anil Sooklal, embaixador itinerante da África do Sul para a Ásia e os BRICS "a expansão é um elemento maior da ordem do dia".

Com efeito, de acordo com Pretoria, cerca de 40 países, nomeadamente o Irão, a Argentina, o Bangladesh, a Arábia Saudita, a Argélia, o Egipto e a Etiópia, mostraram interesse em integrar o bloco que tem vindo a apresentar-se como um contraponto à ordem dominante dos países ocidentais e dos Estados Unidos em particular.

Criado em 2009, este bloco que passou a integrar a África do Sul em 2011, dotou-se em 2014 de um Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) com a ambição de ser uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial.

O grupo também tem reflectido sobre formas de contornar a utilização do Dólar como moeda de referência, sendo que dois dos seus membros, o Brasil e a China concluíram no começo do ano um acordo bilateral para as suas trocas comerciais serem efectuadas nas suas respectivas moedas.

Neste contexto, cerca de 50 chefes de Estado "amigos dos BRICS" são esperados nesta cimeira, informou no sábado o Presidente sul-africano.

Quem também estará atento ao desenrolar deste encontro serão ONGs como a Amnistia Internacional e uma associação ucraniana local que amanhã vão manifestar em Joanesburgo para "exigir das autoridades russas que ponham fim à agressão contra a Ucrânia".

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