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Japão

Japão inicia descargas de águas residuais da central nuclear de Fukushima

O Japão inicia a 24 de Agosto uma operação de descarga no oceano de águas contaminadas da central nuclear de Fukushima, originando críticas a nível regional e sanções por parte da China.

Visão geral dos tanques de armazenamento de água contaminada na central nuclear de Fukushima, em Okuma, na província de Fukushima, a 20 de Janeiro de 2023.
Visão geral dos tanques de armazenamento de água contaminada na central nuclear de Fukushima, em Okuma, na província de Fukushima, a 20 de Janeiro de 2023. AFP - PHILIP FONG
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Cerca de 31.200 toneladas de águas tratadas serão libertadas no oceano, até ao final do mês de Março, a um quilómetro da costa, através de um túnel submarino. O ritmo deverá depois aumentar, segundo o operador da central de Fukushima, a Tokyo Electric Central Power Company Holdings.  

Este primeiro derrame deverá durar cerca de 17 dias e abranger cerca de 7.800 m3 de água contendo trítio, uma substância radioactiva que só é perigosa em doses altamente concentradas.

O aval final da operação foi dado pelo Primeiro Ministro japonês, Fumio Kishida, no início da semana e levantou múltiplas críticas dos países vizinhos. A China denunciou esta quinta-feira uma a acção, que considera ser "extremamente egoísta e irresponsável" e "que não leva em conta o interesse público internacional". Considerando que a descarga no oceano das águas contaminadas põe em perigo a "segurança alimentar", Pequm decidiu suspender todas as suas importações de productos do mar japoneses. 

Em Julho, a China já tinha imposto restrições comerciais, proibindo a importanção de productos de dez distritos japoneses, incluindo o de Fukushima. No ano passado, o gigante asiático era o primeiro mercado de exportação para os productos do mar japoneses. Hong Kong e Macau adoptaram medidas similares às de Pequim esta semana. 

Na Coreia do Sul, mais de dez pessoas foram detidas por tentarem entrar na embaixada japonesa em Seul, na Coreia do Sul, durante um protesto contra as descargas. Nos cartazes exibidos pelos manifestantes lia-se: "O oceano não é a lata de lixo do Japão". O Primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck Soo, exigiu que Tóquio publicasse "de forma transparente" os dados sobre o impacto das descargas de água de Fukushima "durante os próximos 30 anos".

Também no Japão desenrolaram-se protestos de rua, onde o plano levantou preocupações por parte de grupos de pescadores japoneses. 

Por sua vez, a Coreia do Norte exigiu que o Japão "parasse imediatamente"  as operações de descarga de águas.

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