David Wallis: «Portugal quer mais triunfos no Mundial de râguebi»
A primeira meia-final do Campeonato do Mundo de Râguebi decorre esta sexta-feira, 20 de Outubro, entre a Argentina e a Nova Zelândia, tri-campeã mundial, no Stade de France, em Paris, em território francês onde ocorre a prova.
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Já só faltam dois jogos para ficarmos a conhecer os finalistas do Campeonato do Mundo de Râguebi que decorre em França até dia 28 de Outubro.
Esta sexta-feira, 20 de Outubro, a Argentina, que surpreendeu o País de Gales nos quartos por 29-17, vai medir forças com a Nova Zelândia, que eliminou a nação número um do ranking mundial, a Irlanda, por 28-24.
No sábado, 21 de Outubro, a África do Sul, que derrotou a França nos quartos por 29-28, vai defrontar a Inglaterra, que venceu por 30-24 as Fiji nos quartos.
De notar que os galeses e os fijianos estavam no grupo C, o agrupamento de Portugal. Aliás, os ‘Lobos’, alcunha da Selecção Portuguesa, alcançaram o primeiro triunfo num Campeonato do Mundo após a vitória por 24-23 frente às Ilhas Fiji.
Portugal terminou no quarto lugar no Grupo C, com seis pontos, à frente da Geórgia com três, mas atrás da Austrália e das Ilhas Fiji, ambas com 11 pontos, e do País de Gales com 19.
Em entrevista à RFI, David Wallis, internacional português, tinha dito que a cereja no topo do bolo seria um triunfo.
O sonho foi realizado para o atleta luso, novamente ao microfone da RFI.
RFI: Vencer as Fiji, seria a cereja no topo do bolo… E agora?
David Wallis: Agora é continuar a trabalhar para ter mais cerejas em cima do bolo. Temos de ter mais jogos competitivos para alcançar novamente vitórias como esta frente às Ilhas Fiji. É o que mais queremos é isso. Agora só ambicionamos isso.
RFI: Onde foram buscar as forças para alcançar este triunfo?
David Wallis: É assim, as Fiji são uma grande equipa. Esta derrota para eles não diminui isto. Por isso é que eles chegaram aos quartos-de-final. Nós vamos continuar a trabalhar para melhorar. Temos um grupo de jogadores que é óptimo, um grupo que é uma segunda família. Queremos que essa família alargue para termos mais jogadores que consigam disputar este tipo de encontros.
RFI: De onde vem essa acreditar?
David Wallis: É assim, nós desde o primeiro dia do estágio, que foi há quatro meses atrás, até desde Dubai que nos apuramos para o Mundial contra os Estados Unidos, que acreditamos que podemos ser competitivos no Mundial. E que podíamos vencer um jogo. Felizmente conseguimos. Foi o último e parece que sabe melhor. Agora é continuar…
RFI: Qual é o balanço que pode fazer deste Mundial?
David Wallis: Grande experiência, enriquecedora para todos nós. Foram quase quatro meses inacreditáveis que vivemos. Criámos amizades para a vida. E jogámos o Mundial, algo que todos nós, desde pequeninos, queríamos, isso é muito bom.
RFI: Pediu a presença dos adeptos portugueses, e eles estiveram presentes?
David Wallis: Eles estiveram presentes em todos os jogos. Notou-se mais, foi frente à Austrália, porque apesar da derrota sentimos o apoio de todos. Em todas as derrotas que tivemos, sentimos o apoio do nosso público. Nunca baixaram os braços. Gritaram sempre por nós, mesmo quando perdíamos. Depois dos jogos, continuavam a gritar por nós. Frente às Fiji, nós conseguimos dar uma alegria a esse público que nos tem acompanhado desde o início.
RFI: Há uma certa frustração após o Mundial? Porque Portugal parecia capaz de ir mais longe…
David Wallis: Não, não e não. Nós ambicionávamos competir e conseguir uma vitória, nada mais do que isso. Se por acaso isso estivesse na equação, tudo bem, mas nós não nos sentimos nada frustrados. Só estamos felizes, 100%.
David Wallis, internacional português 09-10-2023
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