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Myanmar

Myanmar: Junta amnistia mais de 9 mil prisioneiros

A junta militar em Myanmar anunciou quinta-feira, 4 de janeiro, a amnistia de mais de 9.000 prisioneiros, incluindo 114 estrangeiros, uma medida anual por ocasião do aniversário da independência do país.

Лідер хунти Мін Аунг Хлаїнг
Min Aung Hlaing, chefe da Junta Militar em Myanmar. © Reuters
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A decisão ocorre num momento em que os militares, que tomaram o poder num golpe de Estado em 2021, enfrentam uma resistência crescente que resulta da aliança de minorias étnicas no norte do país. Alguns analistas afirmam que esta aliança armada de grupos étnicos minoritários anunciou a captura de posições militares e de importantes estradas vitais para o comércio com a China, representando um desafio para a junta.

Não se sabe ainda se a medida beneficia alguns dos mais de 19 mil presos políticos do país, entre os quais Aung San Suu Kyi, de 78 anos, detida em 01 de Fevereiro de 2021, quando os militares tomaram o poder.

A antiga líder birmanesa está a cumprir penas de prisão que totalizam 27 anos depois de ter sido condenada por ter recebido subornos no valor de milhares de euros, algo que os apoiantes dizem ter sido inventadas para a desacreditar.

O Conselho de Segurança da ONU, a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, apelaram à junta militar liderada por Min Aung Hlaing para libertar todos os presos políticos e ao fim da violência.

Num comunicado divulgado quinta-feira, o Conselho de Administração do Estado, como é oficialmente chamada a Junta, disse ter "concedido amnistia a 9.652 reclusos em prisões e centros de detenção para assinalar o 76º aniversário da independência e para respeitar a paz nos corações e mentes das pessoas."

Myanmar tem estado em turbulência desde a tomada do poder pelo exército em 2021, o que levou a protestos pacíficos em todo o país que a junta militar reprimiu com recurso à violência, desencadeando uma resistência armada generalizada que alguns responsáveis da ONU caracterizaram como guerra civil.

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