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Faixa de Gaza

Faixa de Gaza bombardeada espera ajuda médica e humanitária

Os bombardeamentos israelitas prosseguem esta quarta-feira 17 de Janeiro na Faixa de Gaza, onde se espera, durante o dia, a entrega de ajuda médica para os reféns do Hamas, em troca de ajuda humanitária para a população palestiniana, no quadro de um acordo alcançado entre Israel e o grupo palestiniano, com mediação da França e do Qatar. 

A situação humanitária na Faixa de Gaza é "catastrófica" segundo a ONU que adverte para o risco de "fome aguda" que ameaça 90% dos 2,4 milhões de habitantes do enclave.
A situação humanitária na Faixa de Gaza é "catastrófica" segundo a ONU que adverte para o risco de "fome aguda" que ameaça 90% dos 2,4 milhões de habitantes do enclave. REUTERS - SALEH SALEM
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Um avião deverá partir esta quarta-feira 17 de Janeiro de Doha, no Qatar, até à cidade egípcia de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, transportando medicamentos para 45 reféns do Hamas que sofrem de doenças crónicas e necessitam de um tratamento, segundo o colectivo de famílias dos detidos "Bring them home now". 

Uma ajuda médica "vital", segundo a presidência francesa, que deverá ser suficiente para os próximos três meses e será entregue aos reféns pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e pelo Hamas

Este acordo entre Israel e o Hamas, mediado pela França e o Qatar prevê, em troca da ajuda médica para os reféns do Hamas, a entrega de ajuda humanitária para a população palestiniana no enclave, onde a situação é "catastrófica" segundo a ONU que fala em "risco de fome aguda". 

No mesmo dia, na Cisjordânia, sete pessoas morreram num ataque israelita nos campo de refugiados de Balat e Tulkarem, no nordeste deste território palestiniano igualmente ocupado por Israel.

O exército hebreu anunciou ainda ter matado Amed Abdullah Abou Shalal, um palestiniano descrito como "chefe de uma infraestrutura terrorista" de um campo de refugiados na cidade de Nablus e que estaria a planear um "ataque terrorista iminente", segundo as autoridades israelitas. 

Desde o início da guerra, as forças de segurança israelitas levaram a cabo ataques diários na Cisjordânia em que já morreram cerca de 350 civis, segundo as autoridades palestinianas. 

A 7 de Outubro o Hamas deteve cerca de 240 pessoas, das quais cerca de cem foram libertadas durante uma trégua humanitária em Novembro. Segundo as autoridades israelitas, 132 reféns ainda se encontram em Gaza. 

Em represálias, o Governo de Benjamin Netanyahu prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder em Gaza desde 2007 e 24.448 pessoas morreram, a maioria sendo mulheres e menores de idade, 61.504  ficaram feridas e outras ainda se encontram debaixo dos escombros, segundo os últimos dados do ministério da saúde do Hamas. 

Desde o início da guerra a 7 de Outubro, mais de 10.000 crianças morreram, ou seja 1% da população infantil da Faixa de Gaza, segundo um relatório da organização Save The Children. 

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