Chefe da ONU pede continuação dos serviços humanitários em Gaza
O secretário-geral da ONU pediu aos países que suspenderam o financiamento da agência da organização para os refugiados palestinianos (UNRWA) que "garantam pelo menos" a continuação das operações, essenciais para dois milhões de pessoas na Faixa de Gaza.
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O secretário-geral da ONU Antonio Guterres pediu este domingo 28 de Janeiro aos países que suspenderam o financiamento da agência para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) que "garantam pelo menos" a continuação das operações, das quais dependem dois milhões de pessoas.
Vários países suspenderam o financiamento a esta agência da ONU, depois de Israel ter acusado vários funcionários da entidade de "envolvimento" no ataque do Hamas de 7 de Outubro.
A agência, que está no centro da ajuda humanitária em Gaza, anunciou na sexta-feira a rescisão de contratos dos 12 funcionários em questão e a abertura de um inquérito interno.
Pouco depois do anúncio, os Estados Unidos decidiram suspender o financiamento da UNRWA, seguidos pelo Canadá, a Austrália, o Reino-Unido, a Finlândia, a Alemanha e a França.
Outros países, como a Irlanda e Noruega, anunciaram que não suspenderiam a ajuda para já, como fez também a União Europeia, dizendo que aguarda os resultados da investigação.
Isto acontece dois dias depois da decisão do Tribunal Internacional de Justiça, que exigiu de Israel que permitisse a prestação de serviços basicos e humanitários aos civis palestinianos bloqueados na Faixa de Gaza.
Em comunicado, o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos, Philippe Lazzarini, considerou "chocante" a suspensão de fundos.
É chocante assistir à suspensão de fundos em reacção às alegações contra um pequeno grupo de empregados. [Fundos] dos quais dependem dois milhões de pessoas para a sua simples sobrevivência.
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