Exército israelita afirma ter começado a inundar os túneis do Hamas em Gaza
Khan Younès, no sul da Faixa de Gaza, continua a ser o epicentro de intensos combates entre o Hamas e as tropas israelitas que admitem ter começado a inundar os túneis do movimento islamista, um dos seus objectivos de guerra. Após mais de 4 meses de um conflito que devastou o enclave, a ONU contabiliza mais de 1,7 milhões de deslocados sobre uma total de 2,4 milhões de habitantes desse território.
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O sul da Faixa de Gaza continua sob fogo israelita, o Hamas que controla o território tendo dado conta no seu último balanço de 150 mortos em 24 horas e de 26.900 mortos desde o início da guerra.
O exército israelita que afirma ter morto 15 "terroristas" ontem em combates no norte da Faixa de Gaza e outros dez no centro, admite ter começado a inundar os túneis escavados pelo Hamas nos subsolos de Gaza desde que assumiu o poder em 2007, um labirinto de galerias que constituem uma armadilha para os soldados israelitas e onde acreditam que foram mantidos vários reféns.
De acordo com testemunhas locais, tiros de artilharia visaram igualmente o hospital Nasser de Khan Younès, o mais importante do sul do território.
Enquanto isso, continuam os apelos da ONU para os países doadores manterem o seu apoio à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, cuja acção humanitária está ameaçada depois de Israel acusar alguns dos seus funcionários de estarem envolvidos nos massacres de 7 de Outubro em que morreram cerca de 1.140 israelitas. Ainda na noite de ontem, vários dirigentes de agências onusianas vincaram que a decisão de uma dúzia de países de suspenderem a sua ajuda poderiam "ter consequências catastróficas para a população de Gaza".
Paralelamente, nos bastidores, continua a acção de responsáveis dos Estados Unidos, do Qatar e do Egipto, no sentido de obter um cessar-fogo. Ontem, o Hamas confirmou estar a examinar uma proposta neste sentido. Contudo e desde já, Benjamin Netanyahu estabeleceu os seus limites e disse que Israel "não iria retirar o seu exército de Gaza" e que "não iria libertar milhares de terroristas" palestinianos em troca de reféns.
Relativamente a outra frente do conflito, no Mar Vermelho, os rebeldes Huthis afirmaram ontem ter visado um navio de guerra americano e asseguraram que iriam continuar a atacar as marinhas americana e britânica que participam, na sua óptica, na "agressão" contra o seu país. Declarações que surgem depois do exército americano ter afirmado ter abatido um míssil lançado a partir do Iémen, esta fonte não dando conta de vítimas ou danos.
Entretanto, nos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden declarou ontem que tinha tomado uma decisão sobre a forma como o seu país iria responder ao ataque em que foram mortos 3 militares americanos na Jordânia no domingo passado, um ataque cuja responsabilidade foi imputada ao Irão. Sem dar pormenores, Joe Biden que está em plena campanha para a sua reeleição disse apenas que as represálias poderiam ser efectuadas através de "múltiplas acções".
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