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Médio Oriente

Exército israelita afirma ter começado a inundar os túneis do Hamas em Gaza

Khan Younès, no sul da Faixa de Gaza, continua a ser o epicentro de intensos combates entre o Hamas e as tropas israelitas que admitem ter começado a inundar os túneis do movimento islamista, um dos seus objectivos de guerra. Após mais de 4 meses de um conflito que devastou o enclave, a ONU contabiliza mais de 1,7 milhões de deslocados sobre uma total de 2,4 milhões de habitantes desse território.

Palestinianos fogem de Khan Younès, no sul da Faixa de Gaza, no dia 30 de Janeiro de 2024.
Palestinianos fogem de Khan Younès, no sul da Faixa de Gaza, no dia 30 de Janeiro de 2024. AFP - MAHMUD HAMS
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O sul da Faixa de Gaza continua sob fogo israelita, o Hamas que controla o território tendo dado conta no seu último balanço de 150 mortos em 24 horas e de 26.900 mortos desde o início da guerra.

O exército israelita que afirma ter morto 15 "terroristas" ontem em combates no norte da Faixa de Gaza e outros dez no centro, admite ter começado a inundar os túneis escavados pelo Hamas nos subsolos de Gaza desde que assumiu o poder em 2007, um labirinto de galerias que constituem uma armadilha para os soldados israelitas e onde acreditam que foram mantidos vários reféns.

De acordo com testemunhas locais, tiros de artilharia visaram igualmente o hospital Nasser de Khan Younès, o mais importante do sul do território.

Enquanto isso, continuam os apelos da ONU para os países doadores manterem o seu apoio à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, cuja acção humanitária está ameaçada depois de Israel acusar alguns dos seus funcionários de estarem envolvidos nos massacres de 7 de Outubro em que morreram cerca de 1.140 israelitas. Ainda na noite de ontem, vários dirigentes de agências onusianas vincaram que a decisão de uma dúzia de países de suspenderem a sua ajuda poderiam "ter consequências catastróficas para a população de Gaza".

Paralelamente, nos bastidores, continua a acção de responsáveis dos Estados Unidos, do Qatar e do Egipto, no sentido de obter um cessar-fogo. Ontem, o Hamas confirmou estar a examinar uma proposta neste sentido. Contudo e desde já, Benjamin Netanyahu estabeleceu os seus limites e disse que Israel "não iria retirar o seu exército de Gaza" e que "não iria libertar milhares de terroristas" palestinianos em troca de reféns.

Relativamente a outra frente do conflito, no Mar Vermelho, os rebeldes Huthis afirmaram ontem ter visado um navio de guerra americano e asseguraram que iriam continuar a atacar as marinhas americana e britânica que participam, na sua óptica, na "agressão" contra o seu país. Declarações que surgem depois do exército americano ter afirmado ter abatido um míssil lançado a partir do Iémen, esta fonte não dando conta de vítimas ou danos.

Entretanto, nos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden declarou ontem que tinha tomado uma decisão sobre a forma como o seu país iria responder ao ataque em que foram mortos 3 militares americanos na Jordânia no domingo passado, um ataque cuja responsabilidade foi imputada ao Irão. Sem dar pormenores, Joe Biden que está em plena campanha para a sua reeleição disse apenas que as represálias poderiam ser efectuadas através de "múltiplas acções".

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