MNE francês apela China a "transmitir mensagens" sobre Ucrânia à Rússia
O Ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné, efectuou esta segunda-feira uma visita de um dia à China. No âmbito desta que foi a segunda visita de um chefe da diplomacia francesa a Pequim no espaço de seis meses, Stéphane Séjourné apelou a China a "fazer passar mensagens" sobre a guerra na Ucrânia à Rússia com a qual tem vindo a estreitar os laços.
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As relações económicas entre a França e a China, bem como os grandes dossiers internacionais como a guerra na Ucrânia estiveram na ementa das discussões entre o chefe da diplomacia francesa e os seus interlocutores em Pequim.
Em conferência de imprensa conjunta com Wang Yi, o seu homólogo chinês, o Ministro francês dos Negócios Estrangeiros considerou que "A China desempenha um papel fundamental na independência, no respeito do direito internacional, incluindo a soberania da Ucrânia". Ao dizer ter a esperança de que "a China transmita mensagens muito claras à Rússia", Stéphane Séjourné defendeu "uma relação de força favorável à Ucrânia".
A China, que tem assumido sempre uma posição neutra relativamente ao conflito na Ucrânia, defendendo uma solução política, tem vindo contudo a aprofundar as relações com a Rússia desde o início da guerra. Neste sentido, a China tem sido frequentemente instada a ter um papel mais activo junto de Moscovo para pôr fim ao conflito que "diz respeito a toda a comunidade internacional" segundo Stéphane Séjourné para quem também "não haverá segurança para os europeus se não houver paz em conformidade com o direito internacional".
Um dossier sobre o qual o seu homólogo chinês não se expressou publicamente, Wang Yi limitando-se a evocar o aspecto económico desta visita.
Depois de Stéphane Séjourné indicar que o seu país "não pretende dissociar-se da China", contrariando uma tendência nos países ocidentais, e depois deste último defender um "reequilíbrio económico" nas trocas comerciais entre os dois países, Wang Yi disse "apreciar" este posicionamento francês. "Creio que ficou comprovado, e continuará a ser patente de que a China é uma oportunidade e não um risco para a Europa. Os dois lados são parceiros e não rivais", disse o chefe da diplomacia chinesa que nesta comunicação pública também prometeu importar mais produtos e serviços de alta qualidade provenientes da França.
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