Acesso ao principal conteúdo
Médio Oriente

11 mortos em ataque atribuído a Israel contra consulado iraniano em Damasco

Um bombardeamento atribuído a Israel nesta segunda-feira visou a secção consular da embaixada iraniana em Damasco, capital da Síria, provocando onze mortos, entre os quais sete Guardiões da Revolução, unidade de elite do exército iraniano, num contexto regional tenso. Um ataque sem precedentes pelo qual o Irão responsabilizou Israel, prometendo uma resposta.

Equipas de socorros no edifício consular da embaixada do Irão em Damasco que ficou totalmente destruído depois do ataque do dia 1 de Abril de 2024.
Equipas de socorros no edifício consular da embaixada do Irão em Damasco que ficou totalmente destruído depois do ataque do dia 1 de Abril de 2024. © Omar Sanadiki / AP
Publicidade

"O inimigo israelita lançou ataques aéreos a partir do Golã sírio ocupado, visando o consulado iraniano em Damasco", afirmou o Ministério da Defesa sírio.

Um jornalista no local constatou que a secção consular foi totalmente destruída, o governo sírio referindo que "todos quantos se encontravam no interior do edifício morreram ou foram feridos".

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, onze pessoas morreram, entre as quais "oito iranianos, dois sírios e um libanês, todos eles combatentes, nenhum civil", Teerão confirmando que nem o seu embaixador, nem a sua família se encontravam entre as vítimas.

Este ataque inédito não deixou de suscitar reacções. O Presidente iraniano Ibrahim Raïssi disse que "este crime não ficaria sem resposta". No mesmo sentido, o guia supremo iraniano, o Ayatollah Ali Khamenei, avisou que Israel iria ser "castigado", o Hezbollah libanês, apoiado por Teerão, prometeu igualmente uma "vingança", enquanto o movimento islamista palestiniano Hamas denunciou uma "violação flagrante do direito internacional" e uma "perigosa escalada".

Até ao momento, Israel tem recusado expressar-se sobre este ataque. Por seu turno, o seu aliado, os Estados Unidos, aos quais a diplomacia iraniana refere ter enviado uma mensagem "importante" sem mencionar o seu teor, desmentiram "qualquer envolvimento" no sucedido.

Entretanto, numa altura em que Teerão reclama que a comunidade internacional dê "uma resposta séria" ao ataque, o Conselho de Segurança da ONU prepara-se esta tarde para evocar esta questão em sessão pública, a pedido da Rússia que qualificou isto de "inaceitável" e alertou para "consequências extremamente perigosas" para a região.

Este ataque que aconteceu num contexto regional extremamente tenso, com o receio de um alastramento do conflito entre o Hamas e Israel para todo o Médio Oriente, não é o primeiro visando responsáveis militares iranianos naquela zona. Ainda em finais do passado mês de Dezembro, o brigadeiro-general Razi Moussavi, um importante comandante da unidade de elite Al-Qods, foi morto por um tiro de míssil no sul de Damasco que foi atribuído a Israel.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.