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Ucrânia

Ucrânia: Zelensky critica escassez da ajuda ocidental, depois de mais um ataque russo

Um ataque russo na cidade ucraniana de Cherniguiv matou pelo menos 17 pessoas. Uma agressão que poderia ter sido evitada se a Ucrânia tivesse recebido maior apoio por parte dos países ocidentais, segundo o presidente Volodymir Zelensky.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, a 9 de Abril, durante uma visita de inspeção na zona de Kharkiv.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, a 9 de Abril, durante uma visita de inspeção na zona de Kharkiv. AP
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a por em causa a escassez da ajuda dos países ocidentais na guerra contra a Rússia, depois de um ataque de mísseis russos sobre a cidade de Cherniguiv, no norte da Ucrânia, que matou pelo menos 16 pessoas e feriu mais de 60, a 17 de Abril. 

O balanço do ataque pode ainda aumentar, segundo o chefe da administração militar da cidade, Dmytro Bryjynsky, já que "algumas vítimas poderão ainda encontrar-se debaixo dos escombros". 

O Presidente Zelensky sublinhou que a Ucrânia não dispunha de defesas aéreas suficientes para impedir o ataque, provávelmente o mais importante contra esta cidade histórica, situada a cerca de 60 quilómetros da Bielorússia, aliada da Rússia, e a uma centena de quilómetros a norte de Kiev.  

"Isto não teria acontecido se a Ucrânia tivesse recebido suficientes equipamentos de defesa aérea e se a determinação do mundo em resistir ao terror russo fosse suficiente", escreveu Zelensky na rede social Telegram. 

A reticência dos aliados ocidentais incomodou particularmente Kiev depois do ataque aéreo iraniano sobre Israel, este fim-de-semana, repelido com sucesso nomeadamente graças ao apoio militar ocidental, numa altura em que um importante pacote de ajudas norte-americana se encontra bloqueado há meses no Congresso.

A Alemanha reagiu no mesmo dia, apelando os países da União Europeia e a NATO a refoçar o mais rapidamente possível a defesa aérea ucraniana. Os ministros alemães da defesa, Boris Pistorius, e dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, contactaram vários países neste sentido, como avançou a agência France-Presse. O tema deve ainda ser discutido esta semana durante uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7. 

A Rússia tem bombardeado diáriamente várias cidades ucranianas com mísseis e drones explosivos, nomeadamente as infraestruturas energéticas. Face a uma ajuda ocidental decrescente, nomeadamente norte-americana, Kiev dispõe de meios insuficientes para interceptar estas armas de guerra e tem repetidamente apelado os seus parceiros a mais entregas de material militar e sistemas de defesa aéreos.  

Promulgação da controversa lei sobre a mobilização militar na Ucrânia

Volodymyr Zelensky assinou a 17 de Abril a nova lei sobre mobilização militar, que entrará em vigor a 16 de maio. O texto gera polémica porque aumenta as penas contra os desertores do recrutamento e porque não foi incluído, ao contrário do que estava previsto, qualquer período para a desmobilização dos soldados no terreno de forma a terem um período de descanso. 

Por outro lado, ainda a 17 de Abril, o presidente ucraniano afirmou que a China, parceiro-chave da Rússia, pode "acelerar" a paz na Ucrânia, assumindo um "papel activo" durante uma conferência sobre esta situação, que terá lugar na Suíça em Junho de 2024. 

"Estou convencido de que a primeira cimeira mundial para a paz, organizada na Suíça, pode abrir o caminho rumo à paz na Ucrânia. O papel activo da China pode certamente acelerar os progressos neste sentido", escreveu Zelensky na rede social X, depois de um encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz e o seu homólogo chinês Xi Jinping, em Pequim.  

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