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Panamá

Pena máxima requerida para os detidos no caso dos Panama Papers

Penas de doze anos por branqueamento de dinheiro foram requeridas na cidade do Panamá, a capital do país do mesmo nome, contra os dois fundadores do gabinete de advogados Mossack Fonseca, que estava no centro das atenções nos "Panama Papers".

Homem carrega documentos diante do tribunal antes do início do processo dos "Panama Papers".
Homem carrega documentos diante do tribunal antes do início do processo dos "Panama Papers". © AFP - MARTIN BERNETTI
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Jürgen Mossack e Ramon Fonseca "receberam e transferiram fundos provenientes de actividades ilícitas na Alemanha e na Argentina", indicou a Procuradora Isis Soto, pedindo assim a pena máxima para os dois homens detidos.

Os dois reculsos também "dissimularam, cobriram e forneceram falsas informações a entidades bancárias para abrir contas", acrescentou a Procuradora.

Segundo a acusação, os dois homens são responsáveis de terem facilitado, por intermédio do gabinete de advogados, a criação de empresas ocultas nas quais pessoas ligadas à empresa alemã, Siemens, depositaram milhões de euros, fora das contas da empresa. Essas sociedades serviam para esconder de onde era proveniente o dinheiro ganho com o pagamento de comissões.

O gabinete de advogados também foi utilizado para conservar dinheiro proveniente de um esquema de actividades ilegais na Argentina.

A Procuradora, Isis Soto, também pediu a condenação de 24 outras pessoas acusadas neste caso e sendo essencialmente empregados da empresa.

Tribunal onde começou o julgamento em torno dos "Panama Papers".
Tribunal onde começou o julgamento em torno dos "Panama Papers". © AFP - MARTIN BERNETTI

Recorde-se que o julgamento deste caso se iniciou a 9 de Abril de 2024, no entanto a divulgação destes esquemas foi publicada em 2016 por um Consórcio Internacional de jornalistas de investigação sob o nome "Panama Papers".

Esse consórcio teve acesso a mais de 11,5 milhões de documentos provenientes do gabinete Mossack Fonseca. Esta investigação revelou que chefes de Estado e de Governo, bem como figuras políticas, da finança, do desporto, ou ainda do mundo artístico esconderam aos serviços fiscais vários aspectos financeiros como propriedades, empresas, capitais e benefícios.

Nesses documentos constam nomes como o Presidente Vladimir Putin, o antigo chefe do Governo britânico, David Cameron, o antigo Presidente da Argentina Mauricio Macri, o futebolista argentino Lionel Messi e o cineasta espanhol Pedro Almodóvar.

O escândalo levou ao encerramento do gabinete de advogados Mossack Fonseca e a imagem do Panamá, o país da América Central, foi gravemente afectada. O Panamá está agora na lista negra dos paraísos fiscais estabelecida pela União Europeia.

Panama Papers. Imagem de Arquivo.
Panama Papers. Imagem de Arquivo. © REUTERS - ERICK MARCISCANO

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