Acesso ao principal conteúdo
EUA/Filipinas/França

EUA e Filipinas realizam exercícios militares conjuntos

Cerca de 16 mil soldados norte-americanos e filipinos iniciaram nesta segunda-feira, 22 de Abril, exercícios militares conjuntos, num contexto da crescente presença chinesa na região.

Cerca de 16 mil soldados filipinos e norte-americanos iniciaram nesta segunda-feira, 22 de abril, exercícios militares conjuntos, num contexto da crescente presença chinesa na região.
Cerca de 16 mil soldados filipinos e norte-americanos iniciaram nesta segunda-feira, 22 de abril, exercícios militares conjuntos, num contexto da crescente presença chinesa na região. REUTERS - Adrian Portugal
Publicidade

Tratam-se de exercícios anuais realizados no norte e oeste das Filipinas, junto a potenciais áreas de tensão do mar da China Meridional e de Taiwan. De acordo com o coronel filipino, Michael Logico, estes exercícios ocorrem, pela primeira vez, além das águas territoriais das Filipinas, que se estendem por cerca de 22 quilómetros da costa.

Desta vez, a Guarda Costeira Filipina também se junta aos exercícios, depois de vários confrontos, nos últimos meses, entre os seus navios e a Guarda Costeira Chinesa que patrulha a costa filipina. O comandante das Forças do Corpo de Fuzileiros navais dos EUA no Pacífico, tenente-general William Jurney, referiu que o objectivo destes exercícios é mostrar que as Filipinas estão mais fortes, mais seguras e protegidas”.

Os exercícios militares que juntam cerca de 16 mil soldados norte-americanos e filipinos, bem como militares australianos e franceses, vão decorrer até ao dia 10 de Maio. Em resposta à crescente influência da China, os Estados Unidos estão a reforçar as alianças com os países da região Ásia-Pacífico, incluindo as Filipinas.

Apesar das Filipinas não terem um grande exército, a proximidade do arquipélago com o Mar da China Meridional e com Taiwan, torna-o num parceiro fundamental para os Estados Unidos em caso de conflito com a China.

A França, que já tinha marcado presença como país observador, participa pela primeira vez activamente, com a fragata Vendémiaire, com sede na Nova Caledônia, mas - segundo um comunicado da embaixada da França nas Filipinas- o país deve abandonar os exercícios antes que atinjam uma “fase de alta intensidade”.

Catorze países da Ásia e da Europa vão juntar-se ao exercício como observadores. 

O mesmo exercício terá lugar nas províncias de Cagayan e Batanes, no norte, ambas localizadas a 300 quilómetros de Taiwan. Tal como no ano passado, um navio será afundado na costa da província de Ilocos Norte, no norte do país. Os Estados Unidos enviaram mísseis guiados terra-ar SM-6 para as Filipinas, porém o coronel Logico esclareceu que essas armas não vão ser usadas nos exercícios militares.

O Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros acusa os Estados Unidos de “estarem a alimentar o confronto militar” e instam as Filipinas a “acabar com estas parcerias”. Pequim reivindica soberania sobre quase todo o Mar da China Meridional, uma rota fundamental para o comércio internacional, e também considera Taiwan como parte do território chinês.

Washington e Manila são aliados e têm estado a reforçar a cooperação na área da defesa, desde que o Presidente Ferdinand Marcos Jr chegou ao poder em 2022, permitindo às forças norte-americanas o acesso às bases filipinas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.