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Europa

Europa registou dias de calor extremo em 2023

A Europa registou em 2023 um número recorde de dias em que o calor sentido foi “extremo” para os corpos humanos, uma situação que ficou a dever-se às temperaturas superiores aos 40 graus centigrados. De acordo com o relatório do observatório europeu Copernicus e da Organização Meteorológica Mundial, publicado nesta segunda-feira, 22de Abril, o continente europeu está a aquecer duas vezes mais rapido que a média do planeta.

A Europa registou em 2023 um número recorde de dias em que o calor sentido foi “extremo” para os corpos humanos, uma situação que ficou a dever-se às temperaturas superiores aos 40 graus centigrados.
A Europa registou em 2023 um número recorde de dias em que o calor sentido foi “extremo” para os corpos humanos, uma situação que ficou a dever-se às temperaturas superiores aos 40 graus centigrados. © Domenico Stinellis / AP
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O ano de 2023 fica para a história como o ano que registou um número recorde de dias de calor extremo, com a temperatura ressentida a ultrapassar os 40 graus centígrados.

As conclusões constam no relatório do observatório europeu Copernicus e da Organização Meteorológica Mundial, publicado nesta segunda-feira, que explica que o índice de “stress térmico” fica a dever-se ao efeito da temperatura sentida no corpo humano, combinado com outros factores, como a humidade, vento e radiação.

No relatório anual do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas, além das ondas de calor, o continente europeu sofreu numerosos eventos climáticos extremos durante o ano.

Dois milhões de pessoas foram afectadas por inundações ou tempestades, a Península Ibérica e a Europa de Leste foram impactadas por secas severas, para além do maior incêndio florestal da história do continente que devastou 96 mil hectares na Grécia.

As duas instituições notam que as catástrofes custaram cerca de 13,4 mil milhões de euros, 80% atribuíveis a inundações durante um ano marcado por chuvas muito acima da média, notam as duas instituições. Causado pelas emissões de gases com efeito de estufa provenientes da actividade humana, o aquecimento global aumenta a intensidade, a duração e a frequência das ondas de calor.

O fenómeno é particularmente visível na Europa, que está a aquecer duas vezes mais rapido que a média do planeta, cujo clima global já é pelo menos 1,2°C mais quente do que antes da era industrial.

O relatório acrescenta que o aumento do aquecimento na Europa, combinado com o envelhecimento da população e o aumento do número de habitantes urbanos, terá “graves consequências para a saúde pública”, sublinhando que as actuais medidas para combater as ondas de calor serão "em breve insuficientes”.

O ano de 2023 foi o ano mais quente já até agora registado, impulsionado pelas alterações climáticas e acentuado pelo regresso do fenómeno cíclico El Niño. A temperatura dos oceanos, que absorve 90% do excesso de calor causado pela humanidade, tem registado nos últimos 12 meses temperaturas sem precedentes.

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