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A sobrevivência de um sistema de saúde à pandemia

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Os profissionais de saúde tão aplaudidos durante o primeiro confinamento continuam a aguardar melhores condições de trabalho, mais medidas de prevenção e de antecipação face à actual situação pandémica.

"Os profissionais de saúde tornaram-se agentes de primeira linha no combate ao vírus".
"Os profissionais de saúde tornaram-se agentes de primeira linha no combate ao vírus". © Magda Rodrigues
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A situação sanitária em Portugal agrava-se neste dia de reflexão eleitoral e os hospitais estão à beira do colapso. As ambulâncias aguardam às portas das urgências para poder dar entrada aos doentes que transportam.

Foi por telefone que contactámos Ricardo Mexia, Presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, que explica a subida do número de casos pelo aparecimento da nova estirpe britânica em Portugal.

O médico confirma que teria sido necessária uma melhor antecipação de meios para enfrentar esta nova vaga pandémica. Segundo Ricardo Mexia, a pressão nos hospitais portugueses já é de longa data.

No Porto encontrámos Rute Alves, médica, que nos descreveu o quotidiano dos cuidados intensivos, duramente afectados desde o aparecimento do novo coronavírus. Ao contexto pandémico acrescenta-se o forro pessoal alterado que não permite uma forma de escape à realidade do terreno.

Os corpos hospitalares acusam a pressão e a falta de meios, que poderiam ter sido antecipados. A uma vaga de coronavírus acrescenta-se uma outra vaga de outras doenças que os cuidados intensivos não estão a conseguir enfrentar.

O medo levou ao crescimento de outras doenças, pelo que doentes chegam aos hospitais em fases muito mais avançadas.

Foi ao final da tarde, num taxi, que encontrámos o motorista Pedro Jocobetty. Antes de estar atrás de um volante, Pedro era TAT (Tripulante de Ambulância de Transportes).

O contexto de crise causado pela primeira vaga de Covid-19 levou ao despedimento de bombeiros, explica Pedro Jocobetty. O motorista denuncia a falta de recrutamento de profissionais, apesar da situação pandémica.

A viagem termina junto de Magda Rodrigues. É enfermeira e considera que o estado da situação dos hospitais se deve em grande parte à falta de cuidados de prevenção. Apesar da pressão e do drama vivido todo os dias nos hospitais, a enfermeira considera que melhores dias são possíveis.

Em paralelo da sua profissão de enfermeira, Magda Rodrigues é fotógrafa. No actual contexto pandémico, fotografou colegas, profissionais de saúde, na primeira linha de combate ao novo coronavírus.

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