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Ataques reduzem oportunidades para capitalizar norte de Moçambique

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A Cimeira Extraordinária da Troika da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), marcada para esta semana em Maputo, para debater o terrorismo no norte do país e criar apoios dos países vizinhos foi adiada sem data definida.

Milhares de pessoas deslocadas depois do ataque jihadista em Palma, no passado 24 de Março.
Milhares de pessoas deslocadas depois do ataque jihadista em Palma, no passado 24 de Março. Alfredo Zuniga AFP/File
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A SADC apresentou esta quarta-feira um relatório com uma proposta de missão por submeter à reunião extraordinária do Comité Ministerial do Órgão da Política de Defesa e Segurança da SADC, em Maputo. 

No encontro deverá ser apresentado aos líderes da SADC um relatório que propõe o envio de 2.916 militares a Moçambique para reforçar o combate a grupos terroristas.

"A SADC esteve sempre distante e hoje aparece nestes termos", aponta Adriano Nuvunga. "Moçambique precisa, e muito, deste tipo de apoio para a estabilidade imediata em Cabo Delgado,"defende o director do Centro para a Democracia e Desenvolvimento em Moçambique.

"O ataque a Palma foi muito significativo e contribuiu para a mudança da posição do governo moçambicano. O diálogo deve ser prioritário", acrescenta.

A ausência dos Presidentes do Botswana e da África do Sul motivou o adiamento da cimeira. O Presidente do Botswana encontra-se desde terça-feira em isolamento profilático e o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, está a acompanhar um processo sobre corrupção do antecessor, Jacob Zuma.

Tanto África do Sul, Botswana, Zimbabué e Moçambique formam uma divisão da SADC, que propõe um envio de 2.916 militares para ajudar Moçambique a combater o terrorismo no norte do país.

Esta intervenção militar da SADC em Cabo Delgado poderia decorrer em quatro fases; na recolha de informação, no envio de forças, em operações de pacificação e por último nas retiradas das forças regionais.

A SADC considera “prioritária” a assistência humanitária aos deslocados internos dos ataques armados em Cabo Delgado e a formação das Forças armadas de defesa moçambicanas.

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