Sul de Angola: "Alterações climáticas responsáveis por insegurança alimentar"
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Ouvir - 10:14
O sul de Angola está a ser afectado por uma seca severa. As povoações "devem usar dinâmicas de resistência para enfrentar os efeitos das alterações climáticas", aponta a vice-governadora da província da Huíla para o sector Político e Social, Maria João Chipalavela.
A Rede de Sistemas de Avisos de Fome alerta para o facto de a crise alimentar que afecta várias regiões no sul de Angola se poder prolongar até Setembro. A vice-governadora da província da Huíla para o sector Político e Social, Maria João Chipalavela, recusa falar de fome, mas aponta "as alterações climáticas como responsáveis para a insegurança alimentar".
Questionada sobre o cargo que ocupa ser de grande "responsabilidade e complicado", a vice-governadora responde que "não, que se trata de um estatuto para coordenar vários actores".
"O poder local investe no desenvolver a resiliência, enquanto investe na criação de novos pontos de água", aponta a responsável. Questionada pela eficácia das bacias e das barragens numa região onde chove cada vez menos, a vice-governadora lembra que esta é a única solução.
Em Dezembro, o governo angolano lançou um programa de reserva estratégica alimentar, que consiste numa distribuição de alimentos. Na aldeia do Fimo da comuna do Chiange, município dos Gambos, da província da Huíla. A comunidade mucubana está a passar fome e queixou-se da falta de distribuição. Em resposta, a vice-governadora defende que estas povoações "devem usar dinâmicas de resistência para enfrentar os efeitos das alterações climáticas".
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