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Conferência dos Oceanos em Lisboa deve "inverter destruição" do mar

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Até dia 1 de julho, discute-se em Lisboa o futuro do mar na na Conferência dos Oceanos, que Portugal organiza juntamente com o Quénia. Este evento serve para discutir as problemáticas do oceano desde a poluição, até às alterações climáticas, mas também como proteger o ecossistema, revertendo a destruição já causada.

Durante a Conferência dos Oceanos aconteceu em Lisboa uma Vigília azul pelo clima, convocada pela Greve Climática Estudantil contra a inação climática.
Durante a Conferência dos Oceanos aconteceu em Lisboa uma Vigília azul pelo clima, convocada pela Greve Climática Estudantil contra a inação climática. LUSA - MANUEL DE ALMEIDA
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Organizado pelas Nações Unidas, este encontro junta em Portugal 140 países, cerca de 7 mil pessoas e vários chefes de Estado e de Governo como o Presidente angolano João Lourenço, mas também o Presidente francês Emmanuel Macron ou ainda Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega.

O mote deste encontro mundial é “Salvar os Oceanos, Proteger o Futuro“ e o investigador Emanuel Gonçalves, coordenador científico da Fundação Oceano Azul que está presente nesta cimeira, afirmou em entrevista à RFI que não há dúvidas sobre a destruição do oceano.

"O que temos feito no oceano nestes últimos anos, principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial, foi assumir que eles eram infinitos e assumir que os nossos impactos não tinham consequências. Essas práticas antigas de gestão, baseadas na máxima exploração da tal biomassa, são práticas erradas que trazem destruição, que trazem destruição social das comunidades costeiras e ribeirinhas que deixam de ter estes recursos à sua disposição", explicou o investigador.

A solução é criar áreas marinhas protegidas que sirvam para proteger água e os seres vivos que nela habitam, permitindo a regeneração deste ecossistema, até porque a sobrevivência dos seres humanos depende da boa saúde dos oceanos.

"As alterações climáticas agravam estes problemas quando o oceano está degradado, porque sabemos que o oceano é resiliente e, portanto, consegue resistir a muitos destes efeitos e até mitigar muitos destes efeitos. Se não houvesse oceanos, o planeta já não era habitável para os humanos na maior parte da sua superfície, porque ele absorve mais de 90% do excesso de calor", relatou Emanuel Gonçalves.

A Conferência dos Oceanos começou no dia 28 de junho e vai terminar na sexta-feira, sendo conhecida nessa data a declaração final onde se reconhece que "é precisa mais ambição a todos os níveis para resolver o terrível estado do oceano", ao mesmo tempo que os subscritores se manifestam "profundamente alarmados pela emergência global que o oceano enfrenta".

Esta declaração será assinada por quase 150 países e vai também referir que os países se reponsabilizam por um "compromisso renovado" com "ação urgente e cooperação" para "atingir todas as metas tão cedo quanto possível sem atrasos indevidos".

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