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Obra do artista plástico moçambicano Sebastião Coana no Louvre

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A obra "Ciclos da vida" do artista plástico moçambicano, Sebastião Coana, vai representar Moçambique na edição 2023 do Art shopping no Carrossel do museu do Louvre, que decorre até domingo, 22 de Outubro, em Paris.

Artista plástico moçambicano, Sebastião Coana.
Artista plástico moçambicano, Sebastião Coana. © RFI/Lígia Anjos
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Este é um momento marcante na carreira de mais de 20 anos do artista plástico moçambicano, que pode vir a inspirar jovens artistas moçambicanos. "Estou muito feliz por ter uma obra que vai estar no museu do Louvre. Vejo esta oportunidade como um momento em que posso inspirar os jovens criadores do meu país a continuar a acreditar na arte e dizer-lhe que melhores dias virão porque já faço pintura há 20 anos e só agora tive esta oportunidade", acredita Sebastião Coana.

No início do mês, Sebastião Coana teve a sua primeira exposição individual na Europa. Intitulada "Harmonia em Tons", Sebastião Coana teve vinte obras expostas na embaixada de Moçambique, em Paris. Uma exposição que celebrou o dia 4 de Outubro, dia da paz e da reconciliação nacional de Moçambique.

"31 anos de Paz em Moçambique é muito tempo. Esta é a minha forma de agradecer e mostrar que a cultura de paz permite que haja desenvolvimento cultural. Pinto mulheres porque muitas mulheres fizeram parte do crescimento da minha carreira. Apesar da participação mais activa das mulheres, elas carregam um silêncio cheio de coisas por dizer. Achei que podia usar a arte como um instrumento de combate à violência baseada no género", conta.

Em 2020, o artista plástico criou um movimento artístico com o qual já pintou mais de 50 murais em Moçambique. "Todos estes murais transmitem informação sobre violência feita contra crianças, mulheres ou sobre uniões prematuras. Vi nos murais uma forma mais acessível de transmitir informação às pessoas. Associar a arte a acções sociais é uma honra muito grande", explica.

Sebastião Coana explora, ainda, na sua obra problemáticas com as alterações climáticas ou os refugiados de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. "Estas realidades levam-me a pintar e fazer parte delas. Todo o artista tem um papel a tentar ver o problema de forma antecipada e cabe-nos fazer parte das soluções", concluiu.

Sebastião Coana, artista plástico moçambicano.
Sebastião Coana, artista plástico moçambicano. © RFI/Lígia Anjos

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