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Reportagem

"Europa, Oxalá": Artistas questionam origem das suas identidades

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Em Marselha, no Mucem, 21 artistas afro-europeus reflectiram sobre o futuro da Europa na exposição intitulada "Europa, Oxalá".

Exposição "Europa, Oxalá", no museu Mucem em Marselha.
Exposição "Europa, Oxalá", no museu Mucem em Marselha. © RFI/Lígia Anjos
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As origens familiares destes artistas vêm das antigas coloniais, mas nasceram num contexto pós-colonial e propõem-nos uma reflexão sobre herança, memória e identidade, através das seguintes questões: de onde venho, para onde vou, qual a minha identidade? Percorremos a exposição com o curador português António Pinto Ribeiro.

"Pentito" e La "Lupara" são duas obras de Pedro A.H. Paixão. Duas obras que marcam o regresso do artista aos retratos. Sobrinho-neto de colonos, que viveram em Angola, Pedro A.H. Paixão é um desenhador obsessivo com "boa mão", explica o curador da exposição, António Pinto Ribeiro.

Na obra do artista e curador português partilhado entre Berlim e Lisboa, Márcio Carvalho expõe a problemática do derrube das estátuas. A série de desenhos "Derrubar tronos" marca um movimento criativo quanto à história colonial. São atletas a derrubar estátuas, homens ou mulheres que lutam contra dirigentes coloniais.

O artista belgo-congolês John K Cobra criou o conceito "afropeu" e ilustra a experiencia comum das populações africana e europeias. A crise de identidade é um dos motes do trabalho deste artista múltiplo que trabalha tanto em escultura, performance, teatro ou opera.

O luso-angolano Délio Jasse trabalha apenas com técnicas analógicas, com impressões e montagens de fotografias que recolhe em arquivo que encontra em vários países.

Uma herança colonial que descobrimos através das obras destes 21 artistas afro-europeus, que questionam o que fazer com o que foi deixado. O que é legítimo esperar ou para onde ir?

Questões que persistem há décadas, questões que procuram respostas do público nesta exposição "Europa, Oxalá", que esteve patente no Mucem de Marselha e está na Fundação Calouste Gulbenkian, deste quinta-feira, 3 de Março.

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