Aumenta consumo de drogas em São Tomé e Príncipe e na Guiné-Bissau
Nesta data em que se assinala o Dia Internacional Contra o Consumo e o Tráfico de Drogas Ilícitas, as autoridades são-tomenses deram conta do aumento do consumo de canábis no país.
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O aumento do consumo de bebidas alcoólicas é assustador em São Tomé e Príncipe e a tendência é associar o seu uso a outras drogas, como a canábis que está cada vez mais vulgarizada no país.
As autoridades santomenses, estão preocupadas com o fenómeno e apelam a um esforço colectivo para o seu combate, segundo o Ministro da Saúde, Edgar Neves.
"Para mudar este cenário sombrio, é necessário uma conjugação de esforços para cerrarmos fileiras no combate a esta praga, de modo que os nossos jovens possam crescer saudáveis e dar o contributo que o país espera deles no processo de desenvolvimento socioeconómico", declarou o Ministro da Saúde.
O excesso de álcool tem estado a potenciar os acidentes de viação, como uma das principais causas das mortes em São Tomé e Príncipe,
As autoridades pretendem atacar as plantações clandestinas de droga e das fábricas de bebidas artesanais.
O Instituto da Droga e Toxicodependência tem estado a trabalhar com alguns parceiros de São Tomé e Príncipe para debelar este problema, sublinha Edgar Neves. "Dentro das suas possibilidades, o Instituto da Droga e Toxicodependência, com a ajuda de alguns parceiros tradicionais, com destaque para a Unicef, tem feito um trabalho árduo e abnegado junto das comunidades e nos estabelecimentos de ensino, visando passar a mensagem do perigo que o uso dessas substâncias pode acarretar para a sua saúde e a saúde dos que fazem parte do seu convívio", vincou o governante.
Mais pormenores com Maximino Carlos, em São Tomé.
Correspondência de Maximino Carlos do dia 26 de Junho de 2021
Refira-se entretanto que ontem noutro país de África Lusófona, na Guiné-Bissau, o secretário executivo do Observatório Guineense da Droga e da Toxicodependência alertou que a toxicodependência tem estado igualmente a aumentar nas camadas mais jovens do país.
De acordo com este responsável, os jovens da Guiné-Bissau estão a consumir mais MDMA, uma droga sintética que começou a circular em Bissau em finais de 2018 e que se tornou a segunda droga mais consumida no país, a seguir à canábis.
De referir que segundo o ultimo relatório do Escritório das Nações Unidas para as Drogas e Crimes, divulgado na quinta-feira, no ano passado, a nível mundial, cerca de 275 milhões de pessoas consumiram droga e mais de 36 milhões sofreram sequelas do seu consumo.
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