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GUINÉ-BISSAU

Liga dos Direitos Humanos denuncia "quadro negro" para a mulher na Guiné-Bissau

A Liga Guineese dos Direitos Humanos apresentou na quinta-feira um "quadro negro" da situação da mulher no país. 64 % das mulheres são analfabetas e apenas 1 % participa na tomada de decisão política.

O acesso ao ensino sem discriminação de género é um desafio para a Guiné-Bissau
O acesso ao ensino sem discriminação de género é um desafio para a Guiné-Bissau Liliana Henriques / RFI
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Estes dados foram apresentados na quinta-feira pelo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, no âmbito do lançamento de um projecto de sensibilização dirigido às mulheres.

Vaz Martins sublinha que apesar de representar "cerca de 52% do agregado populacional" a mulher está "numa situação de desvantagem" devido a "desigualdades estruturais".

O presidente da Liga referiu a excisão e a violência doméstica como flagelos que afectam as mulheres, afirmando que a última "campeia o país, atingindo um nível de cerca de 85%".

Apresentando uma taxa de analfabetismo de 64%, a mulher na Guiné-Bissau precisa de "ter acesso à educação". Recorde-se que a eliminação das desigualdades de género no acesso ao ensino é um dos Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento definidos pelas Nações Unidas.

Face a este contexto, a Liga lançou na quinta-feira um projecto cujo objectivo é a mudança de mentalidades de toda a população. O programa,apoiado pelas Nações Unidas, pretende, para esse efeito, capacitar activistas e actores-chave para trabalharem com as mulheres a nível regional. 

Mas para Vaz Martins a acção da Liga não é suficiente. Em entrevista à RFI, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, considera que seria benéfico que " o Estado assumisse um maior papel na protecção da mulher".

01:30

Luís Vaz Martins, Presidente da Liga dos Direitos Humanos

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