Amorim critica monopólio nuclear dos ocidentais
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, enfatizou hoje, em Genebra, a necessidade de se obter resultados concretos no desarmamento, durante sessão da Conferência do Desarmamento da ONU. Amorim criticou o monopólio de nuclearização exercido pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
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Chanceler brasileiro Celso Amorim
O Brasil está assumindo a presidência da Conferência do Desarmamento da ONU. Em discurso inaugural, o chanceler Celso Amorim disse que a conferência tem sido marcada pelo fracasso. O ministro criticou os países ocidentais pelo monopólio que tentam exercer sobre o nuclear e defendeu uma participação mais efetiva de países em desenvolvimento e de Estados não-nuclearmente armados nas decisões de segurança internacional.
"Em função das crises econômicas dos últimos anos, emerge o consenso de que a legitimidade e a eficácia nas relações internacionais demandam decisões tomadas de maneira democrática, com a participação de um grupo amplo e representativo de países", disse o ministro. Amorim citou a mediação feita pelo Brasil e a Turquia junto do Irã, para que o país persa tenha direito ao uso pacífico da energia nuclear.
Entrevistado pela reportagem da RFI, o chanceler desmentiu as especulações da imprensa alemã de que o Brasil teria interesse em fabricar a bomba atômica. Amorim também minimizou as críticas da imprensa brasileira ao acordo tripartite fechado com o Irã, ressaltando que o compromisso foi bem recebido no exterior.
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